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    Congresso não tem credibilidade para escolher presidente, diz leitora

    29/05/2017 02h00

    ELEIÇÕES DIRETAS

    Tanto o editorial "Sucessão especulada" quanto a reportagem "Maiores bancadas rejeitam propostas de eleições diretas" ignoram o fundamental: o que pensa o eleitorado, que em sua maioria quer diretas. Não existe democracia que funcione sem apoio da população. Fazer eleição direta agora pode ser menos danoso para o Brasil do que entregar o país nas mãos de um candidato sem voto, escolhido por um Congresso sem credibilidade e movido por interesses pouco republicanos. Não dá.

    FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)

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    Segundo Hélio Schwartsman, as diretas não podem ocorrer agora porque "nesse ambiente que vivemos, não haverá uma campanha honesta". A solução, então, é deixar o país nas mãos deste Congresso que aí está? O colunista acha mesmo que os deputados e senadores, em grande parte envolvidos em suspeitas de corrupção, farão uma eleição honesta? Que decepção escutar isso de um comentarista tão inteligente.

    ADJALMA RODRIGUES DA SILVA, professor (Belo Horizonte, MG)

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    Parece que "Diretas-Já" é um genérico que cura todos os males do Brasil. Por trás desse movimento deve estar aquele que já esteve no timão do barco brasileiro, que o colocou a deriva e timoneiro algum conseguiu mantê-lo na rota certa do desenvolvimento. Os passageiros dessa embarcação só pensam em emendas, imunidades, ajudas de custo e outras benesses. Já começa a faltar combustível para a longa travessia.

    JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)

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    Difícil acreditar que engravatados e famosos, inclusive os da imprensa, não sabiam da vida pregressa desses políticos corruptos. Para a paz de espírito de todos e o bem das futuras gerações, o STF deve anular o golpe travestido de legalidade. Dilma Rousseff volta e termina o mandato ou convoca diretas. Caso contrário, a injustiça triunfará eternamente neste país combalido, de solo fértil para a corrupção perene, República das bananas e do impeachment.

    ISABEL FERRONATO (Blumenau, SC)

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    Esta não é a hora de pensar em eleição direta para presidente pelo simples fato de a maioria ter escolhido uma chapa que teve uma presidente impedida e seu substituto está na corda bamba. A transição deve ser feita com calma, para não perdermos o que conquistamos de bom até aqui. Aguardemos até 2018 para nos manifestarmos novamente.

    CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

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    Que sete dentre os dez maiores partidos políticos rejeitem as eleições diretas é sinal evidente de que não estão em sintonia com a vontade da maioria do povo brasileiro. A extraordinária e entusiasmada manifestação pelas Diretas-Já neste domingo (28) no Rio de Janeiro constitui prova cabal disso.

    EDUARDO MATARAZZO SUPLICY, vereador (PT-SP) (São Paulo, SP)

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    GOVERNO ENCURRALADO

    O artigo "O caminho é o desenvolvimento", assinado por Michel Temer, exibe em seu título uma incorreção: a sílaba "des" encontra-se deslocada, pois deveria preceder a palavra caminho. E, a seguir, um texto honesto, sem a hilariante maquiagem empregada no que foi publicado, deveria informar aos leitores que o descaminho que se abriu ao país é fruto do envolvimento de seu presidente com o lamaçal em que se encontra afundado. O descaminho é o envolvimento.

    IGNOZY DORNELES JORNADA JR., médico (Porto Alegre, SP)

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    Michel Temer revelou qual é a sua esperança de reverter a grave crise política em que o país está mergulhado: o Fórum de Investimentos Brasil 2017, durante o qual tentará escamotear a verdade de seu governo, afundado em acusações de corrupção. No texto, causa náuseas a tentativa do presidente de se desvincular dos governos anteriores e de se colocar como vítima de "criminosos que tramaram tudo", entre os quais Joesley Batista, com quem mantinha suspeita intimidade. Conta outra, Temer!

    JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

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    JUDICIÁRIO

    Se, no Brasil, o crime compensa, principalmente para os poderosos, parte dessa aberração jurídica se deve ao Judiciário. Nossas cortes não têm vocação para lidar com essa clientela. A sociedade já percebeu que os poderosos incomodam a toga. É mais cômodo deixar o tempo e a prescrição cuidarem do assunto. Querem um exemplo? Paulo Maluf. Justificada ou não, a demora no julgamento de processos dessa natureza incentiva a impunidade. O Judiciário é a garantia da sobrevivência das instituições e do equilíbrio da sociedade.

    JAYME DE ALMEIDA ROCHA NETTO (Campinas, SP)

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    EDUCAÇÃO

    Diante do desafio de construir uma educação básica de qualidade no Brasil, a publicação do caderno especial sobre o 2º Fórum de Inovação Educativa é uma contribuição oportuna e criativa. A avaliação quase consensual de que "sobra teoria e falta prática na formação de professores" merece ser problematizada. Nas matrizes curriculares dos cursos de pedagogia, creio que haja excessos de dimensões contextuais, mas não sobre teoria pedagógica. Tratam-se de aspectos diferentes! Toda a prática educativa eficaz é fundamentada em estudos densos e consistentes do campo pedagógico.

    NORBERTO DALLABRIDA, professor da Universidade Estadual de Santa Catarina (Florianópolis, SC)

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    COLUNISTAS

    Em "Desemprego e pensamento mágico", Samuel Pessôa apresenta estudos numéricos de correntes favoráveis ao seu pensamento para destacar FHC, como sempre. Finalizando, destaca seu apoio à reforma trabalhista do atual governo, que parece defender como forma de reduzir o desemprego. Nesse caso, porém, como não se baseia em dados, trata-se de mera especulação, provavelmente de conotação política.

    JASON CÉSAR DE SOUZA GODINHO (Santos, SP)

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