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    'Temos um Supremo acovardado', diz leitor sobre caso Aécio

    01/07/2017 02h00

    AÉCIO NEVES

    Sobre a decisão do ministro Marco Aurélio, do STF, fica claro aos olhos da sociedade que temos um Supremo acovardado. Parafraseando o próprio ministro, são "tempos estranhos, muito estranhos". E o Brasil, como nós estamos vendo, continua sangrando.

    RANNIER DIAS RABELO (Goiânia, GO)

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    ROCHA LOURES SOLTO

    Pelo ronco da cuíca, suspeito que ao cabo não restará ninguém da bandidagem preso. E, em surrealista paralelo com "O alienista", de Machado de Assis, receio que quem desmantelou o Brasil ainda vai industriar expediente para transformar o grande Moro num Simão Bacamarte redivivo e confiná-lo em Pinhais, como único produto final da Lava Jato. É isso.

    JOAQUIM QUINTINO FILHO (Pirassununga, SP)

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    GOVERNO ENCURRALADO

    Defender a permanência de Temer, como querem empresários e parte da grande mídia, é compactuar com a indecência. Temos de ter a coragem de ir até o fim. Só assim purificaremos a nação.

    ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP)

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    Fosse por estratégia ou até por constrangimento, os golpistas de antigamente agiam nos porões, na calada da noite. Atualmente, a desfaçatez é tamanha que dão de ombros a qualquer escrúpulo, agindo na nebulosidade dos dias em que vivemos.

    ANTONIO F. DA SILVA, professor (Catete, RJ)

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    Sou leitora contumaz de Ruy Castro, porém, em "Falando sem dizer nada", ele diz o óbvio: o discurso do ainda presidente Temer é desprovido de conteúdo, insípido e repetitivo. "Enche linguiça", como se dizia no passado. Que curso de oratória Temer frequentou? Como se não bastasse, seus "foras" aqui e no exterior são motivo de chacota. A salada de russos com soviéticos, sob o risinho amarelo de Putin, passará para a história.

    M. INÊS PRADO (São João da Boa Vista, SP)

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    INFLAÇÃO

    Inflação baixa nem sempre é coisa boa. Estamos em recessão. A inflação está baixa não devido a um equilíbrio entre oferta e demanda, mas porque estão sobrando produtos nas prateleiras. Há um processo de baixa produtividade e de baixa atividade econômica.

    ARCANGELO SFORCIN FILHO (São Paulo, SP)

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    CORRUPÇÃO NO FUTEBOL

    Em sua entrevista, Ricardo Teixeira diz que não sairá do Brasil porque não é crime aqui o que ele fez lá fora. Nenhuma surpresa. No Brasil a lei é feita para não punir poderosos, sejam ricos, políticos ou famosos. Ele mesmo se entregou: "Não vou dizer que não fiz".

    SERGIO APARECIDO NARDELLI (São Paulo, SP)

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    CENTRAIS SINDICAIS

    O fato de a possível retirada da proposta de extinção do imposto sindical ter sido uma das principais razões para a desmobilização da greve geral marcada para esta sexta (30) mostra que as centrais sindicais advogam em causa própria. Não estão muito preocupadas com a redução dos direitos trabalhistas nas reformas (sem discutir os méritos dessa iniciativa), desde que sua boquinha seja mantida. O Brasil é o país do corporativismo.

    LUIZ DANIEL DE CAMPOS (São Paulo, SP)

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    LULA

    Os advogados de Lula fazem a defesa de seu cliente imaginando que estão se dirigindo à militância do PT, que aceita tudo o que lhe imputam. O nível de informação dos leitores da Folha é um "pouquinho" diferenciado do desses ideólogos contumazes. A Caixa já informou que as debêntures adquiridas da OAS Empreendimentos, em 2009, nada têm a ver com o fundo FI-FGTS, o que não impedia a venda do apartamento.

    ANTONIO A. DE CASTRO OLIVEIRA (Osasco, SP)

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    UM MUNDO DE MUROS

    O leitor Paulo Boccato compara a Muralha da China e a Muralha de Adriano aos muros do "malvadão" (sic) Trump, dizendo que aqueles protegiam a população dos bárbaros. Os romanos massacravam até os cães das cidades que lhes ofereciam resistência e os americanos explodem com seus drones quem eles querem pelo mundo. Seriam realmente os escoceses e os "chicanos" (incluindo aí os brasileiros) os bárbaros?

    CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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    POLÍCIA

    Um novo modelo de polícia deve passar por um maior investimento nos órgãos de polícia judiciária. Dizer que o modelo de segurança pública é fracassado e culpar o delegado de polícia é, no mínimo, irresponsável. Além de ser um operador do Direito, o delegado passa por um processo rigoroso de seleção para ter maturidade e agir sempre no rigor da lei. Dizer que a experiência deve superar o concurso público é sugerir entrada "pela porta dos fundos", é dizer que assistentes podem virar promotores de Justiça, e escreventes, juízes. Quer ser delegado de polícia? Estude.

    RAPHAEL ZANON DA SILVA, delegado de polícia (São Paulo, SP)

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    As teses defendidas pelos articulistas tentam conectar a piora da segurança pública à existência do cargo de delegado. É risível. Nossas polícias judiciárias estão sucateadas, sem estrutura básica, mal remuneradas e com um efetivo irrisório. A sensação de impunidade é imensa e contribui para a prática de crimes, sendo certo que uma polícia investigativa bem estruturada representaria justamente a melhor forma de combate a tal realidade. Por que os governos deixam suas polícias judiciárias à míngua? Seria devido ao receio de "Lava Jatos" estaduais?

    RAQUEL KOBASHI GALLINATI, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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