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    Se a sociedade não gritar, ficará refém dos 'pseudogovernantes', diz leitor

    30/08/2017 02h00

    RESERVA NA AMAZÔNIA

    O recuo do governo na questão da exploração da reserva ambiental na Amazônia só vem a comprovar que, no Brasil, se a sociedade não gritar, ficará refém das piores intenções dos nossos pseudogovernantes.

    ANGELO S. NETO (São Paulo, SP)

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    Após assinar decreto que extinguia reserva florestal na Amazônia para ampliar a exploração mineral, Temer vai à China sob pretexto de atrair investimentos externos. A China tem como meta se tornar a maior potência econômica do mundo e uma das estratégias é garantir abundante matéria-prima para suas indústrias, como minério de ferro. Qual é a meta do Brasil? Ninguém sabe. Mas Temer tem como objetivo garantir mais essa forma de exploração.

    NILSON TADEU MOLARO (Araraquara, SP)

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    É muito difícil medir as consequências danosas da mineração para o meio ambiente. Não dá para aceitar a posição do Ibram ao afirmar que a mineração ilegal é poluidora e destrutiva. A pergunta a ser feita para o Ibram é esta: onde foi feito algum trabalho de recuperação do meio ambiente, por parte de alguma empresa mineradora? Não defendo a ilegalidade da atividade garimpeira, porém, por favor, Maria Cristina Frias ou Luis Azevedo, presidente da ABPM, quem irá custear os US$ 3 milhões para a pesquisa da Reserva Estadual do Paru? Será mais uma vez o governo federal falido, utilizando o dinheiro do contribuinte, ou a iniciativa privada? A Folha deve se incumbir de esclarecer seus assinantes a esse respeito..

    JOSÉ MANUEL RIBEIRO MEIRELES, antropólogo e doutorando pela Universidade de Nottingham (Nottingham, Reino Unido)

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    SISTEMA POLÍTICO

    Se um presidencialismo inteiro está ruim, um sistema semipresidencialista será muito pior. Um parlamento inteiro (e íntegro) é melhor do que um semiparlamento. E o Judiciário está muito "semi". O Judiciário deve ser "integral". Se cada Poder responder por sua única responsabilidade não haverá a necessidade de semi-irresponsabilidades. O Brasil é um semipaís?

    NEY JOSÉ PEREIRA (São Paulo, SP).

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    LUCIANO HUCK

    Pergunto se a criação de personagens vulgares na TV e o oferecimento de dinheiro a escolas de samba para sair como destaque na avenida também fazem parte de "nossos tropeços éticos, políticos e econômicos" e se essa postura tem a ver com o pensamento de que "a tecnologia e a ciência de ponta podem ser chaves mestras para destravar o país", citados por Luciano Huck em "Tá ligado?".

    CRISTIANO MASCARO (Carapicuíba, SP)

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    Luciano Huck é um empresário talentoso, visionário e trabalhador. Sempre procurou ser unanimidade em termos de simpatia e aceitação. Agora, ao ensaiar dar alguns passos na política, ficou com o rótulo de esquerdista para a direita e de direitista para as esquerdas. Ao se apresentar ao eleitorado, sempre deve deixar claras para a população as suas posições, sejam elas quais forem.

    FREDERICO D'AVILA (São Paulo, SP)

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    Bolsonaro e Luciano Huck vivem em uma realidade paralela e simplista. O primeiro quer melhorar escolas públicas com medidas fascistas como impor penteados aos alunos. O segundo, com sua "criatividade diruptiva com impacto exponencial", acredita que estamos em um episódio de "Os Jetsons", não no Brasil da era Temer.

    ALCEU DE ANDRADE MARTINS (Carlópolis, PR)

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    UNICAMP

    A Unicamp está vivendo um momento de crise orçamentária e de fato está negociando com o governo do Estado um aumento no repasse de recursos, principalmente para a área da saúde. Entretanto, diferentemente do que afirma o editorial "Drama universitário", essa não é a única solução defendida pela universidade. Há um esforço mais amplo, como a revisão de contratos, redução de cargos gratificados e melhoria da gestão para reduzir gastos internos e otimizar os repasses da sociedade, buscando o equilíbrio financeiro e orçamentário.

    MARCELO KNOBEL, reitor da Unicamp (Campinas, SP)

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    COLUNISTAS

    Impressiona a verdade contida na coluna de Luiz Felipe Pondé. O egocentrismo moderno leva as pessoas a só considerarem a moral que as beneficia. Somente a lei consegue limitar suas ações, quando consegue. Tudo é relativizado nesse contexto, até mesmo a religião. Sociedades pobres em educação, como a brasileira, tendem a sofrer mais com isso. Os nossos políticos são um bom retrato desse fenômeno.

    RADOICO CÂMARA GUIMARÃES (São Paulo, SP)

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    Nada contra os jovens, mas o que um menino de 28 anos entende de política? Como mostra a coluna de Bernardo Mello Franco, "Fufuca vem aí", a política brasileira parece até dinastia: passa de pai para filho.

    NELI FARIA (São Paulo, SP)

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    POLUIÇÃO

    Monica Porto, secretária-adjunta de Saneamento do Estado, tenta justificar, esgrimindo números portentosos, o fedor que o nosso esgoto a céu aberto, o Tietê, continua exalando (Painel do Leitor, 29/8). Ela acerta ao dizer que cidadãos têm que participar do esforço para acabar com essa mazela. Esquece-se, todavia, de mencionar que décadas de governo tucano não nos fizeram chegar nem perto de uma educação cidadã e plural. Sem educação, não há atitudes educadas.

    ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP)

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    Os políticos tipicamente mostram preocupação zero com a poluição. O exemplo do caso do Controlar mostra isso claramente: alegou-se corrupção e o serviço foi extinto. Quando se suspeitou de corrupção na Santa Casa, ninguém ousou falar em fechar o hospital.

    JOEL FERNANDO A. DE SIQUEIRA (São Paulo, SP)

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    A SPFW bem que poderia ser chamada de SPPW (São Paulo Pollution Week). É inacreditável o número de geradores a diesel alimentando as necessidades energéticas da Semana. A quantidade de fumaça desprendida e o ruído e o odor gerados são inadmissíveis. É uma agressão bárbara ao meio ambiente, logo em um dos sofridos pulmões da cidade.

    RICARDO A GRIBEL (São Paulo, SP)

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    PLANOS DE SAÚDE

    Os planos despenderam R$ 71 bilhões na assistência a 47 milhões de brasileiros no primeiro semestre, contra R$ 125,3 bilhões do SUS para atender 208 milhões o ano inteiro. Com sinistralidade média de 85%, o retorno é praticamente zero para as operadoras, como pode ser observado nos indicadores da ANS. Se visássemos somente ao lucro, com certeza esse não seria o negócio a receber investimentos. Mas não vamos desistir de nossos propósitos e estamos abertos ao diálogo para promover a saúde de todos.

    ALEXANDRE RUSCHI, presidente da Central Nacional Unimed (São Paulo, SP)

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