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    Decisão do Senado no caso de Aécio Neves é vergonhosa, diz leitor

    19/10/2017 02h00

    AÉCIO NEVES

    Uma vergonha a decisão do Senado acerca de Aécio Neves. O eleitorado, já cansado de tanta corrupção, só aguarda as eleições de 2018 para dar uma resposta incisiva, adequada e de higienização ao Congresso Nacional.

    TOYOMI ARAKI (São Paulo, SP)

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    A votação que devolveu o mandato ao senador Aécio Neves nada tem a ver com a sua responsabilidade em eventuais ilícitos. Foi manifestação legítima de legalidade e de pleno respeito à Constituição. Pré-condenar alguém por achismos ou denúncias, sem o devido processo legal, significa resvalar pelo perigoso terreno da ditadura. Isso tem sido de difícil compreensão não só para parte da opinião pública como para alguns ministros do STF.

    LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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    Curioso o posicionamento de parte do PSDB. Consideram que Aécio não tem moral para permanecer no comando do partido, mas votam pela sua blindagem no Senado. Ou seja, Aécio é ruim para o partido, mas bom para o país.

    MÁRCIA MEIRELES (São Paulo, SP)

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    Eu queria saber onde estão as manifestações e os "panelaços" relativos às denúncias contra Temer e, agora, à "absolvição" do senador Aécio Neves. Podemos entender que as manifestações realizadas durante o governo Dilma não eram contra a corrupção, e sim para retirar o PT. As acusações contra o governo atual são muito mais graves do que as contra o governo Dilma, e nem por isso vemos a gritaria de outrora.

    LUIS COUTINHO (Valinhos, SP)

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    A votação do STF deu base material ao que vaticinou sabiamente o senador Jucá quando se referia a estancar a sangria "com o Supremo, com tudo". Parafraseando Dostoiévski em "Os Irmãos Karamazov", já que Deus não existe, então podemos tudo.

    CLARILTON RIBAS (Florianópolis, SC)

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    O Brasil é mesmo único! Alguém faz graves denúncias, comprovadas por diálogos gravados, contra figuras importantes do cenário político, vai preso e vê os personagens desmascarados continuarem em seus postos, vitoriosos e seguros. Acredite, esse país existe. E moramos nele.

    MANOEL V. DE QUEIROZ (Santana de Parnaíba, SP)

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    Direito à defesa é inalienável. Mas, em qualquer país decente, um político na condição do Aécio renunciaria. Se não renuncia, o senado afasta. Se o Senado não afasta, entra o Poder supremo do país —o povo, pelo voto— e afasta o político e o Senado para nunca mais voltarem ao poder, pois não o representam.

    ANTONIO CAMARGO (Sao Paulo, SP)

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    Parte expressiva dos nossos senadores, deputados e demais membros do executivo, legislativo e judiciário escondem-se atrás de suposta legalidade para nos impingir uma gigantesca ilegitimidade. Mais uma entre tantas. Até quando? Tomara que não ultrapasse 2018, nossa chance de renovação massiva. Quanto ao STF, o guardião parece não guardar mais nada, exceto as aparências.

    GUSTAVO A. J. AMARANTE (São Paulo, SP)

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    LUCIANO HUCK

    No artigo "Tempos e movimentos", Luciano Huck conclama os éticos e os puros a tomar as cadeiras do Congresso. Seria ótimo, se não houvesse lá na págína B6 uma notícia que vai contra toda a ética e pureza pregadas: "Procuradoria obriga Huck a pagar multa e tirar cerca de casa em Angra". A ação tem quase uma década e foi proposta pelo MPF-RJ. Esse é o problema da nossa elite. Em público posam de vestais e no privado se lambuzam, mas todos se pretendem salvadores da pátria.

    RICARDO ROMANELLI FILHO (Pinhais, PR)

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    TRABALHO ESCRAVO

    Dizem que o Brasil foi o último país a acabar com a escravidão. Não é verdade, mas passemos. Agora, já podemos dizer que é o primeiro a restaurá-la. Também é bom lembrar que os casos de trabalho escravo não são constatados apenas na área rural. Ocorrem na construção civil e no setor de confecções, principalmente com imigrantes latino-americanos "clandestinos".

    CAETANO BRUGNARO (Piracicaba, SP)

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    Então estamos combinados: se não encontrarem o sujeito preso no pelourinho ou amarrado a um poste e tomando chibatadas, não é trabalho escravo.

    CELSO BALLOTI (São Paulo, SP)

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    A portaria sobre o trabalho escravo foi um passo à frente. Pena que estivéssemos à beira do abismo.

    ARTHUR MONDIN (Guarapuava, PR)

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    Aos poucos, o prefeito de São Paulo, João Doria, revela-se. Meses atrás, insistiu em receber de joelhos a bênção de um pastor que, à revelia do Evangelho, costuma negociar os votos do seu rebanho. Agora, ajoelha moralmente numa reunião de ruralistas ao endossar a fala de um deputado contra a fiscalização do trabalho escravo. Quais hão de ser as suas próximas genuflexões?

    CARLOS MORAES (São Paulo, SP)

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    COLUNISTAS

    Tem razão o colunista Elio Gaspari. A Operação Lava Jato nunca esteve tão a perigo como agora. Todos os corruptos com processo no STF já sabem qual é o caminho da impunidade. Se não foram julgados ainda, ou não serão nunca ou já há jurisprudência a seu favor. Basta apelar para os seis árbitros (como os do futebol). O melhor negócio da atualidade é "ser revendedor de malas" grandes.

    ARNALDO DE SOUZA CARDOSO (São Paulo, SP)

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    Parabéns aos meus meus colunistas preferidos: Hélio Schwartsman, pela lucidez de seu texto "A farinha do prefeito", e João Pereira Coutinho, pela ternura e emoção de "Show de Bruce Springsteen ficará no rol de instantes épicos da Broadway". O meu dia ficou mais bonito.

    CLEIDE RIBEIRO DE MORAES (São Paulo, SP)

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    É lamentável que, no artigo "A caminho do Guiness", o colunista Ruy Castro se exima da mínima coerência jornalística e considere como exercício de opinião o supremo deboche e menosprezo por fatos e pessoas. Suas "análises" apoiam-se em inverdades completas.

    Ao contrário do que diz o colunista, o presidente Temer defende sem trégua seu nome e sua honra, em todas as instâncias. Os leitores da Folha sabem que, além das ações jurídicas, desde maio Michel Temer tem feito pronunciamentos, artigos e entrevistas para mostrar a grande conspiração, hoje mais do que evidente, armada contra seu mandato. Por isso mesmo, a Câmara já considerou ineptas denúncias contra ele, negando autorização para que fosse processado no STF.

    O presidente Temer orgulha-se de governar para reformar o Brasil sem nunca ter cedido a medidas populistas e demagógicas —aquelas aplaudidas hoje e lamentadas amanhã. E confia que seus esforços na Presidência da República serão reconhecidos.

    Pois o resultado do trabalho em prol dos brasileiros alcançou, sim, recordes. O governo Temer recebeu uma inflação de 9,28%, reduzida hoje para 2,54%. A taxa de juros caiu de 14,25% para 8,25%. O Ibovespa atingiu o pico de 76,8 mil pontos. R$ 44 bilhões retidos em contas inativas do FGTS foram devolvidos de forma inédita aos trabalhadores. O Bolsa Família teve o maior reajuste de sua história (12,5%) e o saldo da balança comercial foi quase triplicado. Os empregos perdidos desde 2015 estão voltando aos milhares —e continuarão crescendo com a nova lei trabalhista. Como tantos brasileiros, Michel Temer nunca deixara de ser, acima de tudo, um patriota que acredita no país.

    MÁRCIO DE FREITAS, secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República (Brasília, DF)

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