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    Apreensão de drogas bate recorde, diz PF

    DE BRASÍLIA

    06/01/2014 03h20

    A Polícia Federal bateu em 2013 o recorde histórico na apreensão de drogas e de bens das quadrilhas de traficantes no país.

    Para o diretor-geral do órgão, Leandro Daiello, isso demonstra que a PF vem "melhorando de desempenho nos últimos anos".

    A análise foi feita a partir de comentário de reportagem da Folha publicada no sábado, que destacava um relatório de desempenho interno da PF no qual eram citadas quedas nas apreensões de cocaína e na conclusão de inquéritos entre 2008 e 2012.

    Segundo a PF, considerando dados até 10 de dezembro, foram apreendidas 35,7 toneladas de cocaína, 80% mais do que no ano anterior —em 2012, haviam sido 19,8 toneladas, uma queda em relação às 24,5 toneladas de 2011.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Além disso, foram apreendidas 220,7 toneladas de maconha no mesmo período de 2013, praticamente o dobro do que em todo 2012.

    Por fim, as apreensões de bens de traficantes saltaram de R$ 48,1 milhões em 2011 para R$ 80,1 milhões no ano passado (até 10 de dezembro).

    "Ao tentar estrangular as grandes organizações, aumentamos não só a apreensão de drogas, como a de bens. Atingimos os bolsos desses grandes tubarões e apreendemos um volume recorde, mais de seis vezes o que havíamos confiscado em 2010", afirmou Daiello.

    Em relação aos inquéritos concluídos, o diretor da PF disse que a redução é uma meta perseguida pela PF, e não um indicador negativo.

    "Desde 2009 realizamos mutirões para concluir as investigações em curso e os inquéritos caíram de 160 mil para 110 mil no período."

    "O objetivo foi reduzir o estoque de inquéritos antigos", afirmou o delegado. "Assim, temos mais inquéritos novos, que naturalmente vão demorar para serem encerrados."

    A PF afirma ainda que houve 48 mil indiciamentos no ano passado, um patamar acima do registrado no período entre 2008 e 2011, apesar da queda no número total de inquéritos em curso.

    IPO

    Conforme a Folha mostrou no sábado, em 2013 a PF criou o IPO (Índice de Produtividade Operacional), um indicador usado para avaliar suas superintendências regionais a partir de diversos parâmetros e definir investimentos a partir disso.

    "Embora não avaliem, como um todo, a eficiência da Polícia Federal, nossos índices internos de desempenho mostram que há uma aumento expressivo das operações, que saltaram de 218 em 2008 para 285 no ano passado", disse o diretor-geral.

    Em 2012, foram 299 operações, e a queda em 2013 pode ser debitada da conta da Copa das Confederações, que drenou recursos e pessoal da PF em junho.

    Daiello afirma que o índice serve para nortear a gestão da polícia. "Preciso saber, por exemplo, quanto tempo levo para fazer uma intimação em São Paulo, em Brasília ou na Amazônia, para administrar o ritmo do trabalho."

    Ele nega que os parâmetros diversos provoquem "maquiagem" do trabalho objetivo da PF, como acusa a Federação Nacional dos Policiais Federais.

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