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    Escolas atestam carga horária que não é cumprida

    PATRÍCIA CAMPOS MELLO
    DE SÃO PAULO

    12/01/2014 01h15

    Duas escolas de idiomas que tiveram servidores do Senado como alunos admitiram que fornecem certificados de cumprimento da carga horária exigida pelo Senado, mesmo que não tenha sido.

    Luiz Eugênio Silva Garonce, coordenador do Instituto Latino-Americano de Línguas, disse isso numa conversa em que a repórter se apresentou como uma funcionária interessada nos cursos. "Damos tudo do jeito que o órgão exige. Tem colegas do Senado que fazem aqui e é sempre assim", afirmou.

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    Procurado pela Folha dias depois, ele afirmou que o curso tem carga horária de dez horas semanais e é possível participar de "monitoria" para completar as 16 horas exigidas. "O aluno não tem de ficar na escola. Pode ler um livro ou assistir a um filme."

    Na Academia Línguas e Letras, Júnior Galvão, um dos responsáveis pelo curso, disse num primeiro contato que "dá sim, com certeza" o certificado de carga horária exigida pelo Senado, ainda que ela não seja cumprida.

    Em contato posterior, a proprietária da escola, Rosane Galvão, negou irregularidades e disse que segue as normas do Senado. Outros 33 servidores tiraram licença para fazer curso de língua portuguesa –13 deles online.

    Muitos optaram por um curso da escola Professor Filemon com carga de nove horas semanais e duração de dez semanas. "Cumprimos a carga horária, tinha aula de redação aos sábados", afirmou a servidora Adriana Pincowsca Cardoso, que fez o curso.

    Editoria de Arte/Folhapress

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