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    Rio de Janeiro

    Presidente regional do PT pedirá a Cabral que exonere petistas hoje

    FABIO BRISOLLA
    DO RIO

    27/01/2014 03h00

    Dois dias depois de receber um e-mail do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), informando que dois secretários estaduais filiados ao PT seriam exonerados na próxima sexta-feira, 31, o presidente regional do partido, Washington Quaquá, vai pedir ao governador que a exoneração seja feita hoje.

    Além dos dois secretários, Carlos Minc (Meio Ambiente) e Zaqueu Teixeira (Assistência Social e Direitos Humanos), outras 700 pessoas ligadas ao PT e que trabalham nas duas secretarias deverão ser exoneradas.

    Cabral e Quaquá têm encontro hoje às 11h no Palácio Guanabara, sede do governo estadual. No encontro, Quaquá deverá apresentar a lista com o nome dos 700 petistas lotados nas duas secretarias. Em resposta à Folha, a assessoria do governador informou que o afastamento dos funcionários "caberá aos secretários que assumirem".

    Desde setembro do ano passado o PT ameaça deixar a coligação de 16 partidos que reelegeu Cabral em 2010. Há duas semanas o presidente nacional do partido, Rui Falcão, anunciou que o desligamento ocorreria em 28 de fevereiro.

    Daniel Scelza - 5.dez.2013/Futura Press/Folhapress
    O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), dá entrevista em evento no Palácio Guanabara, sede do governo
    O governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), dá entrevista em evento no Palácio Guanabara, sede do governo

    Cabral, que decidira deixar o governo em 31 de março, antecipou a data para coincidir com a saída do PT e no sábado avisou a Quaquá que dispensaria os petistas no final de janeiro.

    Pré-candidato do PT ao governo do Estado, o senador Lindbergh Farias comemorou o fim da coligação do partido com a gestão Cabral. "Por duas vezes o PT do Rio tentou sair do governo. Mas Cabral sempre recorreu à aliança nacional que temos com o PMDB, implorando para o PT ficar", disse.

    DISPUTA

    Na avaliação de Lindbergh, "caiu a ficha" para o governador, que sempre se recusou a aceitar uma candidatura própria do PT no Rio. Cabral sempre defendeu que, assim como na aliança nacional, PT e PMDB estivessem juntos em torno de um só candidato, no caso, o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ).

    Por mais de uma vez, ele chegou a recorrer ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que interveio em outros momentos junto ao diretório regional do Rio. A disputa entre PT e PMDB no Rio é uma das maiores preocupações das cúpulas das duas legendas, aliadas no plano federal.

    Pesquisa Datafolha divulgada no início de dezembro de 2013 mostrou o deputado federal e ex-governador (1999 a 2002) Anthony Garotinho (PR-RJ) como o primeiro colocado na corrida ao governo do Rio, com 21% das intenções de votos.

    Lindbergh e o ministro da Pesca, Marcello Crivella (PRB), vinham em segundo, empatados, com 15%; seguidos por Cesar Maia, ex-prefeito do Rio, lembrado por 11% dos leitores. Pezão, o candidato de Cabral, estava em quinto lugar, com 5% das intenções de voto.

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