O presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, disse na manhã desta segunda-feira (27) que o partido não fará oposição sistemática ao governo Sérgio Cabral (PMDB). Ele está reunido com o governador para definir a saída da sigla na gestão.

"Nós não vamos mudar postura na Alerj [Assembleia Legislativa do Rio] por causa da saída do governo. O PT vai sair do governo mas não vai ter uma postura agressiva. Obviamente, [ao] disputar uma eleição sempre vai haver um nível de confronto, mas o PT não sai para fazer agressão", disse Quaquá, ao chegar ao Palácio Guanabara, sede do governo no Rio.

O petista fez questão de ressaltar que o PT-RJ tenta sair do governo desde novembro. A saída só não ocorreu antes porque houve interferência do ex-presidente Lula e o presidente nacional do partido, Rui Falcão. Ambos temiam um desgaste com a aliança nacional do PMDB.

Cabral também pedia que o PT aguardasse até março, quando ele deve renunciar para que o seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), assuma o governo.

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	Washington Quaquá, presidente do PT do Rio

A saída do PT do governo estava marcada para o dia 28 de fevereiro. O governador se antecipou e, por e-mail, comunicou a decisão de exonerar todos os petistas dos cargos na próxima sexta-feira (31). Quaquá diz que quer que todos saiam já.

"Quanto antes sair do governo melhor. O governador imaginava que pudesse haver algum retrocesso em relação à candidatura do Lindbergh. Só resolve essa novela da saída do governo, que já deveria ter sido resolvida no passado", disse Quaquá.

O petista afirmou que há, "no máximo", 400 petistas no governo estadual, dos quais dois secretários. Segundo ele, alguns vão "se alocar no mercado", outros preparar campanhas políticas. Os secretários Carlos Minc (Ambiente) e Zaqueu Teixeira (Assistência Social) retomarão seus mandatos na Alerj. "Não tenho apego a cargos. Mudo o cargo, não mudo a pessoa", disse Minc, pelo Twitter. Ele está de férias na Bahia.