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    Viagem de Dilma a Portugal foi 'dissimulada', afirma Aécio

    JEFERSON BERTOLINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

    27/01/2014 21h36

    Provável candidato do PSDB à Presidência da República neste ano, o senador Aécio Neves (MG) reforçou nesta segunda-feira (27) o coro da oposição contra a viagem a Portugal realizada no final de semana pela presidente Dilma Rousseff.

    Sem compromissos oficiais em Lisboa, onde parou no sábado (25) após decolar de Davos (Suiça) rumo à Cuba, Dilma jantou no restaurante Eleven, um dos três únicos da cidade a ter uma estrela no guia Michelin, e ficou hospedada no Ritz Four Seasons, um dos mais luxuosos da capital.

    Para Aécio, a viagem foi feita "de forma dissimulada", porque, segundo ele, "tinha uma agenda que não era pública".

    "A viagem teve excessos absolutamente inexplicáveis. Não é um bom exemplo, não é um comportamento que se pode esperar", disse o tucano, que passou o dia com correligionários em Florianópolis.

    Em nota, a Presidência da República afirmou que a parada técnica em Lisboa foi "adequada" porque o Airbus presidencial não tem autonomia para voar da Suíça a Cuba, onde Dilma cumpre agenda a partir desta segunda-feira.

    Em Havana, ao lado do ditador cubano, Raúl Castro, Dilma anunciou nesta segunda-feira um crédito adicional de US$ 290 milhões (R$ 701 milhões) do BNDES para a zona econômica especial do porto de Mariel. O Brasil já forneceu crédito de US$ 802 milhões (R$ 1,88 bilhão) para a construção do porto, inaugurado hoje por Dilma, Raúl Castro e governantes da região como Nicolás Maduro (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia).

    Aécio disse que os contratos do governo federal com Cuba "não têm transparência", e que o PSDB irá solicitar informações sobre a aplicação desses recursos.

    "Não são recursos privados do PT que estão sendo investidos, é verba pública, e elas precisam de transparência", acrescentou.

    SOLIDARIEDADE

    Aécio esteve em Florianópolis com o deputado Paulinho da Força (SDD-SP) para formalizar o apoio do Solidariedade à campanha do senador Paulo Bauer (PSDB-SC) ao governo de Santa Catarina.

    "O apoio do Solidariedade traz uma nova agenda ao PSDB, sobretudo de defesa dos interesses da classe dos trabalhadores, de resgate da indústria brasileira, tratada com descaso nos últimos anos, e de busca de emprego de qualidade", afirmou Aécio, que também é presidente nacional do PSDB.

    Paulinho lembrou que já anunciou apoio à reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e que em fevereiro e março irá percorrer o país com Aécio para fechar novas alianças nos Estados.

    Bauer agradeceu o apoio do SDD e disse que a aliança irá aproximar sua campanha do setor sindical. Será a primeira vez que o PSDB lançará candidatura própria ao governo de Santa Catarina.

    O encontro dos tucanos em Florianópolis foi no apartamento de Bauer, uma cobertura com vista para o mar em região tradicional da cidade.

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