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    Campos e Marina articulam chapa com procurador no Tocantins

    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    28/01/2014 03h21

    A articulação da dupla Eduardo Campos e Marina Silva para lançar nos Estados candidatos não vinculados ao mundo político caminha para um novo capítulo.

    Após acertarem com a ex-corregedora Nacional de Justiça Eliana Calmon sua candidatura ao Senado pela Bahia, PSB e Rede estão em negociações finais para anunciar o procurador da República Mário Lúcio de Avelar ao governo do Tocantins.

    Lotado há três anos no Ministério Público de Goiás, Avelar passou pelas procuradorias do Distrito Federal, Mato Grosso e Tocantins e atuou em alguns dos casos de corrupção mais rumorosos do país nos últimos anos.

    Entre eles o de Waldomiro Diniz (assessor da Casa Civil da Presidência que apareceu em vídeo cobrando propina da contravenção), em 2004, dos Sanguessugas (desvio de verbas federais da saúde), em 2006, e dos Aloprados (tentativa de compra por petistas de dossiê contra tucanos), também em 2006.

    Avelar também foi, ao lado de outros colegas, o procurador da investigação contra fraudes na Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) que resultou na prisão de Jader Barbalho (PMDB-PA) em 2002.

    Um dos pontos do currículo do procurador que mais agradam a Marina e seus aliados da área ambiental, porém, é a sua participação na Operação Curupira, da Polícia Federal, contra o desmatamento no Mato Grosso, em 2005. Na época, o Ministério do Meio Ambiente comandado por Marina também participou da operação.

    Antonio Gaudério - 20.set.06/Folhapress
    O procurador da República Mário Lúcio Avelar na época da investigação dos "aloprados"
    O procurador da República Mário Lúcio Avelar na época da investigação dos "aloprados"

    A busca de Campos e Marina por nomes desvinculados da política tem como pano de fundo as manifestações de rua de junho, ocasião em que os políticos figuraram entre os principais alvos dos protestos.

    "Estamos conversando. Estamos tratando das condições de natureza partidária e pessoal", afirmou Avelar.

    O secretário-geral nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que conversará ainda nesta semana com os dirigentes do partido no Tocantins para tentar contornar eventuais resistências, já que o partido negocia com o grupo político do atual governador, Siqueira Campos (PSDB).

    "Temos a possibilidade de uma candidatura nova, em comum acordo com a Rede. Eventual resistência se vence porque há um projeto maior", disse Carlos Siqueira. Por integrar o Ministério Público, Avelar também tem prazo até abril para se filiar a um partido e disputar as eleições.

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