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    Não vou falar, inventem o que quiser, diz mulher de Pizzolato

    GRACILIANO ROCHA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BOLONHA (ITÁLIA)

    07/02/2014 12h51

    A mulher do ex-diretor do BB Henrique Pizzolato, – condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão– Andrea Eunice Haas, disse nesta sexta-feira (7) não vai falar com a imprensa brasileira, só a italiana.

    Andrea se encontrou na manhã desta sexta com o advogado de Pizzolato, Lorenzo Bergami, em seu escritório no centro de Modena, no norte da Itália.

    O encontro ocorreu antes da audiência do ex-diretor do BB em Bolonha, no norte da Itália, na qual a juíza Danila Indirli, horas depois, negou o pedido para que Pizzolato aguardasse em liberdade a decisão sobre a sua extradição para o Brasil. Segundo a juíza, o pedido foi negado porque havia risco de que Pizzolato pudesse fugir. Pizzolato vai continuar preso em Modena, no norte da Itália.

    Na saída do escritório, a reportagem da Folha tentou conversar com Andrea para que ela desse uma entrevista sobre o caso. Andrea disse que não falaria com a imprensa brasileira e que a imprensa poderia inventar o que quisesse. "Não vou falar com a imprensa brasileira. Só a Italiana". A reportagem insistiu e ela disse "inventem o que quiser, vocês sempre fazem isso".

    Mário Camera/Folhapress
    Mulher de Pizzolato, Andrea Eunice Hass deixa escritório de advogado no centro de Modena, norte da Itália
    Andrea Eunice Haas deixa escritório de advogado no centro de Modena, norte da Itália

    PRISÃO

    Foragido desde novembro do ano passado, Henrique Pizzolato, o ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do mensalão, foi preso na manhã de quarta-feira (5) no norte da Itália, como noticiou a Folha.

    Numa ação das polícias italiana e brasileira, ele foi detido em Maranello (a 322 km de Roma), onde vivia na casa de um sobrinho, com passaporte falso em nome de Celso, irmão morto em 1978 em um acidente de carro.

    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o governo pedirá à Itália a extradição de Pizzolato. No entanto, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) avaliam que a medida é "inócua". Para Celso de Mello, o pedido é "juridicamente inviável" –já que Pizzolato possui cidadania italiana e as leis locais proíbem a extradição de seus cidadãos. Já a Procuradoria-Geral da República considera que existem brechas legais.

    A partir de informação da polícia italiana de pedido de cidadania de residente, a Polícia Federal descobriu que Pizzolato havia falsificado documentos. O planejamento da fuga começou em 2007, cinco anos antes de ele ser condenado pelo STF a 12 anos e 7 meses de prisão pelo envolvimento no esquema do mensalão.

    No momento da prisão, o ex-diretor do BB estava com a mulher e tinha € 15 mil. "Ele jogou o nome da família na lama", disse a tia de Pizzolato no Brasil.

    Editoria de Arte/Folhapress

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