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    Aécio rebate Dilma e diz que PT está 'à beira de ataque de nervos'

    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    11/02/2014 14h45

    O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), rebateu nesta terça-feira (11) as críticas da presidente Dilma Rousseff à oposição ao afirmar que o PT está "à beira de uma crise de ataque de nervos".

    Aécio disse que Dilma foi protagonista de um evento partidário, ontem à noite, confundindo sua atuação com a de presidente. "Está muito cedo para um partido preocupado com o cenário eleitoral mostrar tanto desequilíbrio. Em relação às ofensas, a minha boa formação mineira me impede de respondê-la no mesmo tom", afirmou o tucano.

    Numa crítica ao presidente do PT, Rui Falcão, Aécio disse que o petista deveria falar sobre a crise de energia que atinge o país e as deserções no programa Mais Médicos –e não usar seu discurso no evento para atacar a oposição.

    "Assistimos de forma patética uma sucessão de neologismos desencontrados que remontam aos mais gloriosos tempos dos aloprados. Devem vir dossiês fajutos. O PT protagonizou não uma festa, um evento partidário, mas inspirado talvez em Almodóvar, assistimos ali um partido à beira de uma crise de nervos", afirmou.

    Sérgio Lima/Folhapress
    Os prováveis candidatos à Presidência, o tucano Aécio Neves (à esq.) e a presidente Dilma
    Os prováveis candidatos à Presidência: o tucano Aécio Neves (à esq.) e Dilma (PT) trocam farpas

    CRÍTICAS DE DILMA

    Dilma fez ontem duras críticas a opositores de seu governo, a quem chamou de "pessimistas" e "caras de pau" . Segundo ela, dizer que o modelo de governo do PT está esgotado "é mais do que uma mentira, mas uma agressão ao bom senso e à autoestima dos brasileiros".

    "Eles têm a cara de pau de dizer que o ciclo do PT acabou", afirmou Dilma ao discursar por 40 minutos no evento realizado em São Paulo para comemorar os 34 anos do PT e que serviu como lançamento da pré-campanha da presidente à reeleição.

    "Esses pessimistas agora aproveitam alguns desequilíbrios da conjuntura internacional, muito difícil para todos os países, para dizer que o fim do mundo chegou. O fim do mundo chegou sim, mas chegou para eles, e isso faz muito tempo", afirmou.

    Apesar de não citar nomes, a fala de Dilma responde a Aécio e ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), prováveis adversários da presidente na disputa ao Planalto. Ambos vêm afirmando que o ciclo do PT se encerrou.

    No mesmo evento, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que a oposição ao governo se divide em dois grupos que, segundo ele, "são especialistas em mofo" e "doutores em bolor", apesar de fazerem discursos de mudança e renovação.

    Sem citar partidos ou nomes, Falcão disse que as forças opositoras são "partes de um mesmo corpo" e "farinha do mesmo saco", que representam o "neopassadismo" e o "novovelhismo".

    Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a fala da presidente mostra que Dilma "subiu no palanque" antes do período eleitoral. "Se ela parte para uma agressão de baixo nível, isso minimiza o cargo que ela ocupa. Isso é discurso de palanque mal arrumado. Ao invés de ser presidente, virou candidata", atacou o senador.

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