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    Márcio França diz a Campos que não abre mão de ser candidato em SP

    DANIELA LIMA
    DE SÃO PAULO

    12/02/2014 00h29

    O governador Eduardo Campos (PE), nome do PSB para a disputa presidencial deste ano, esteve em Brasília na tarde desta terça-feira (11) para tentar resolver o impasse entre nomes do seu partido e a ex-senadora Marina Silva sobre a candidatura própria em São Paulo.

    A ex-senadora (que após fracassar na tentativa de criar sua própria sigla, a Rede, fez uma aliança com Campos) prega a candidatura de "nomes novos" em Estados que considera prioritários, como São Paulo e Rio de Janeiro, atitude que provocou tensão no PSB.

    O presidente da sigla em São Paulo, deputado federal Márcio França, vinha trabalhando por uma aliança entre o PSB e o PSDB do governador Geraldo Alckmin. Ele estava cotado para ser vice do tucano. Seus planos, no entanto, esbarraram na exigência de Marina.

    Pela manutenção da aliança com a ex-senadora, cotada para vice na chapa de Campos, o governador de Pernambuco avisou a Alckmin que seu partido terá candidato próprio. A partir daí, França, que controla o PSB em São Paulo, informou Eduardo que, se houver candidato no Estado, será ele.

    Na reunião desta terça, Campos consultou o aliado sobre o assunto. Disse a França que "a hora da decisão estava chegando", que Marina não abria mão da candidatura própria e, por fim, perguntou se sua disposição em representar o partido era definitiva.

    Segundo pessoas que participaram do encontro, França disse que não abria mão de ser o nome do partido e que, se Marina quisesse impor outro candidato, Campos teria que fazer uma intervenção em São Paulo.

    Com a exigência de candidatura própria, aliados de Marina passaram a trabalhar internamente. O deputado Walter Feldman foi dos que manifestou interesse em disputar. Entre interlocutores de Campos, o nome do advogado Pedro Dallari passou a circular como uma opção que agradasse tanto ao PSB quanto a Marina. França, no entanto, diz que não abre mão da vaga.

    Nesta quarta-feira o PSB receberá uma pesquisa qualitativa sobre o cenário político em São Paulo. Seus resultados servirão para nortear o discurso pela candidatura própria no Estado.

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