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    Campos e Marina acertam candidatura em SP e descartam apoio a Alckmin

    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    12/02/2014 19h25

    O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva selaram acordo para lançar um candidato ao governo de São Paulo, o que praticamente enterra a possibilidade de o PSB apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

    A decisão, tomada em reunião entre os dois aliados em Brasília na terça-feira (11), é a segunda alteração significativa provocada por Marina nos planos regionais do PSB, mas representa uma vitória parcial da ex-senadora.

    Isso por dois motivos: o candidato não deve ser um dos nomes que ela defendia e, pela concessão em São Paulo, o PSB fica tacitamente liberado para seguir caminho diverso do pregado por ela em outros importantes Estados.

    Desde que aderiu ao projeto presidencial de Campos, em outubro, Marina vinha exigindo candidatos próprios nos Estados como forma de reforçar o discurso de que os dois representam o novo na política. Em Goiás, conseguiu de cara barrar a negociação eleitoral entre o PSB e o deputado Ronaldo Caiado (DEM), representante dos ruralistas e histórico adversário de Marina.

    Mas o pleito da ex-senadora vinha se chocando em vários Estados com a articulação do PSB, que negocia apoio a outros candidatos. Era o caso de São Paulo, onde o partido integra o governo de Alckmin. Embora haja poucas chances de mudança, tucanos paulistas ainda tentarão convencer o PSB a não romper a aliança.

    Da reunião entre Campos e Marina, ocorrida na sede nacional do PSB, participaram também o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, o vice-presidente do partido, Roberto Amaral, e os deputados federais Beto Albuquerque (PSB-RS) é Márcio França (PSB-SP).

    Esse último era o principal defensor do apoio a Alckmin. Com a resistência de Marina, agora ele se apresenta como o candidato ao governo como forma de barrar nomes defendidos por Marina, entre eles o do deputado licenciado Walter Feldman.

    SÃO PAULO

    Tendo pleno controle do PSB em São Paulo, França também tende a fazer uma campanha sem ataques a Alckmin, de quem foi secretário. A mudança de planos do PSB em São Paulo, porém, é o mais significativo sinal da prioridade que Campos dá, em sua candidatura à Presidência, às posições de Marina. Melhor colocada nas pesquisas de intenção de voto, a ex-senadora indica ter a intenção de ser a vice na chapa do pernambucano.

    Na reunião também foi discutida a situação de outros Estados. No Rio, a maior possibilidade é que a dupla apoie a candidatura ao governo do deputado federal Miro Teixeira (Pros), aliado de Marina. Em três Estados importantes, porém, os pleitos da ex-senadora por candidatos próprios tendem a não ser atendidos, até como forma de contrabalancear o fato de o PSB ter cedido em São Paulo.

    Em Minas Gerais e Paraná, o PSB caminha para apoiar o candidato do PSDB –Pimenta da Veiga e Beto Richa, respectivamente. No Rio Grande do Sul, a tendência é de apoio à chapa da senadora Ana Amélia (PP).

    A ida de Campos a Brasília, que não foi divulgada por sua assessoria, deverá se repetir nesta sexta (14), para presença em um encontro do PPS –a sigla anunciou o apoio ao governador de Pernambuco em dezembro.

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