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    Eleição em SP abre foco de crise na aliança Campos-Marina

    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    14/02/2014 03h35

    A decisão de Eduardo Campos e Marina Silva de lançarem candidato ao governo de São Paulo abriu um foco de crise na coligação e desagradou inclusive o PPS, partido que sinalizou a adesão à chapa no início do mês.

    Nos bastidores e em público, o PSB de Campos, a Rede de Marina e o PPS divergem sobre o rumo a seguir. Após ceder à pressão de Marina, o PSB do governador de Pernambuco desistiu de apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB), mas diz não abrir mão de que o candidato ao governo seja o deputado federal Márcio França (PSB).

    Ex-secretário de Alckmin e principal defensor no partido do apoio ao tucano, França não é visto com bons olhos pelos aliados de Marina, para quem uma eventual candidatura sua seria um mero suporte da campanha do PSDB.

    Já o PPS diz que não abre mão do apoio a Alckmin e dá sinais de grande insatisfação com a interferência de Marina em São Paulo. O mal-estar levou Campos a confirmar presença hoje na reunião do Diretório Nacional do PPS.

    "Não vejo como um partido que não tendo sido criado ache que pode lançar candidato pelo partido dos outros", disse o presidente do PPS, Roberto Freire, referindo-se ao fracasso de Marina em tentar montar a Rede neste ano.

    Segundo ele, é ingenuidade achar que há em São Paulo chance de uma "quarta via" em contraponto às candidaturas de Alckmin, do PT (Alexandre Padilha) e do PMDB (Paulo Skaf): "A não ser que achemos que esses três são pés de chinelo." "O apoio ao Alckmin é muito melhor para ele [Campos]", reforça o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP).

    A candidatura própria em São Paulo é tratada por Marina como crucial para reforçar o discurso do "novo" na política. Como opção ao nome de França, a Rede aventa os nomes do deputado licenciado Walter Feldman (PSB), dos vereadores paulistanos Ricardo Young (PPS) e Gilberto Natalini (PV), e do filósofo Vladimir Safatle (PSOL), colunista da Folha, todos eles rechaçados pelas cúpulas nacional e paulista de PSB e PPS.

    "Nossa lógica é programática, não tem lógica falar em candidato antes de definir as bases do programa", diz Feldman sobre o nome de França.

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