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    PSD recua e desiste de participar de 'blocão na Câmara'

    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    21/02/2014 20h05

    Após negociar adesão ao "blocão" anunciado por partidos da base aliada para incomodar o Planalto, a bancada do PSD recuou e divulgou uma nota nesta sexta-feira (21) afirmando que "não vai integrar e não atuará em bloco na Câmara dos Deputados".

    O texto afirma, no entanto, que "as relações institucionais do governo com a Câmara dos Deputados precisam ser melhoradas e aperfeiçoadas no sentido de valorizar o trabalho e as iniciativas legislativas de seus parlamentares com a intensificação do dialogo mútuo".

    O documento foi assinado pelo presidente do PSD Gilberto Kassab e pelo líder do PSD na Câmara, Moreira Mendes (RO). Capitaneado pelo PMDB, o novo grupo reúne PP, PR, PTB, PDT, Pros, PSC e o oposicionista Solidariedade, que soma mais de 50% dos 513 deputados.

    Os governistas reclamam da falta de interlocução com o governo, de rompimento de acordos, da interferência do Planalto na pauta da Casa, além de privilégios ao PT e tratamento diferenciado para aliados no Senado.

    A nota afirma que os deputados do PSD sempre tiveram liberdade de atuação no Congresso.

    "Desde a sua criação, o PSD se manteve independente e deu liberdade de posicionamento e atuação para a bancada federal apoiar medidas que considerem benéficas para o Brasil e toda a sociedade e se declarar contrária às matérias que julgar inoportunas, equivocadas ou que necessitem de correção."

    O PSD lembra que o convite para o ministro Guilherme Afif ocupar a Secretaria da Micro e Pequenas Empresas é uma "decisão pessoal da presidente Dilma Rousseff e não alterou o posicionamento da bancada federal, que se manteve independente".

    A legenda aproveitou o texto para lembrar que foi a primeira a apoiar à reeleição da presidente. "O PSD aprovou por expressiva maioria apoio a pré-candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição e se tornou a primeira legenda a expor publicamente a sua posição nas eleições presidenciais que serão realizadas neste ano".

    "É importante ressaltar que o PSD anunciou o apoio à reeleição e a sua entrada na base parlamentar do governo federal sem condicioná-los a nenhuma contrapartida ou exigência, mas, sim, por entender que, neste momento, a reeleição da presidente Dilma Rousseff é fundamental para o Brasil porque medidas estruturantes iniciadas em seu primeiro mandato precisam de mais tempo para serem concluídas", completou.

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