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    Delúbio Soares tem benefícios suspensos pela Justiça

    MARIANA HAUBERT
    MATHEUS LEITÃO
    DE BRASÍLIA

    27/02/2014 21h53

    A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal determinou nesta quinta-feira (27) a suspensão temporária dos benefícios de trabalho externo do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares na CUT (Central Única dos Trabalhadores). Delúbio terá que comparecer a uma audiência de advertência na Vara em 18 de março.

    Delúbio será transferido do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), presídio destinado a presos que trabalham fora durante o dia, para o Centro de Internação e Reeducação (CIR), no Complexo Penitenciário da Papuda. Foi lá que Delúbio começou a cumprir a pena, em novembro do ano passado. O ex-tesoureiro também não poderá sair para passar o Carnaval com a família.

    A Justiça também determinou que o governo do Distrito Federal, do petista Agnelo Queiroz, informe, em até 48 horas, se ele pode manter os presos do mensalão sob custódia ou os enviará para presídios federais.

    A decisão é uma resposta do Ministério Público do DF que havia pedido nesta semana que Agnelo tomasse medidas para acabar com supostos privilégios a presos do mensalão noticiados na mídia. Segundo o MP, as regalias eram visitas fora de hora, alimentação melhor e vestimentas diferentes.

    Pedro Ladeira - 21.jan.2014/Folhapress
    Delúbio deixa a sede da CUT Nacional
    Delúbio deixa a sede da CUT Nacional

    A Justiça também quer que os presídios entreguem a lista de todas as visitas dos presos do mensalão desde o início do cumprimento da pena.

    O sistema prisional do DF tem nove condenados do mensalão. Alem de Delúbio, estão em Brasília o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PL (hoje PR) Jacinto Lamas e os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha e Carlos Rodrigues (PR-RJ).

    O documento de sete páginas do Ministério Público afirma que os privilégios apontados pela mídia foram encontrados especialmente nos presídios onde estão esses presos, os do regime semiaberto.

    Também em Brasília, mas em regime fechado, estão o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.

    Na quarta-feira, o diretor do CPP, Afonso Emilio Alvares Dourado, deixou o cargo após denúncias de regalias. O vice-diretor, Emerson Antonio Bernardes, já havia deixado o CPP nos últimos dias. Segundo o jornal "O Globo", ele foi exonerado após coibir regalias de Delúbio.

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