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    Eleitorado de Dilma é o mais pobre e o menos escolarizado

    RICARDO MENDONÇA
    DE SÃO PAULO

    02/03/2014 03h00

    O típico eleitor brasileiro de 2014 tem entre 25 e 34 anos, possui ensino médio e renda familiar mensal baixa, de até R$ 1.448. Mora na região Sudeste, em município pequeno do interior, com menos de 50 mil habitantes.

    O candidato que conseguir convencer esse cidadão dificilmente deixará de chegar à reta final como favorito.

    Hoje, quem chega mais perto desse eleitor médio nacional é a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. Seus simpatizantes são os que reúnem as características mais parecidas com as do perfil social mais numeroso da população.

    Não por acaso, Dilma é a líder em intenções de voto, com 47% no cenário mais provável, o suficiente para vencer no primeiro turno. Essas conclusões foram tiradas de cruzamentos de dados apurados pelo Datafolha em 19 e 20 de fevereiro junto a 2.614 pessoas, com margem de erro de dois pontos.

    Os dados mostram onde cada candidato se sai melhor e pior. "É um mapa para saberem o que devem atacar e o que devem proteger", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.

    Dilma é a única cuja maioria absoluta de seus eleitores (51%) têm renda familiar mensal de até R$ 1.448, o recorte mais baixo da estratificação e o grupo mais numeroso da população.

    Outra marca forte dos dilmistas é a baixa escolaridade: 44% deles têm ensino fundamental, 44% têm ensino médio, índices próximos do padrão mais frequente na população. A única característica fortemente destoante é a regional. Adeptos de Dilma são proporcionalmente menos numerosos no sudeste e mais presentes no nordeste.

    No polo oposto estão os eleitores da ex-ministra Marina Silva (PSB) e, em alguns estratos, os do senador Aécio Neves (PSDB). Quase 30% dos eleitores de Marina têm ensino superior (com Dilma são 12%). E o contingente mais numeroso de de seus adeptos está em cidades grandes, com mais de 500 mil habitantes.

    Já os aecistas destacam-se pela alta concentração no Sudeste (57%), pela preponderância de homens (57%) e pelos perfis mais abastados, o que sugere uma possível repetição das divisões de classe dos pleitos de 2006 e 2010.

    No grupo dos simpatizantes do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também despontam moradores do Nordeste, mas de cidades médias, de 50 a 200 mil habitantes.

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