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    PSDB monta palanques com azarões

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    03/03/2014 03h00

    A concorrência com o PSB de Eduardo Campos e a simples falta de opções levaram o PSDB a articular o lançamento de uma série de candidatos coadjuvantes a governos estaduais nestas eleições.

    Ex-prefeitos, deputados e ex-secretários, todos eles sem grande rodagem nas urnas e considerados azarões, podem ser alçados para garantir palanques regionais ao senador Aécio Neves (MG) na campanha para presidente.

    Na eleição de 2010, a polarização entre petistas e tucanos em diversos Estados facilitava a formação das chapas. Naquela época, a terceira força da sucessão presidencial era o PV de Marina Silva, que não teve peso para lançar candidatos competitivos em quase todos os Estados.

    Neste ano, a articulação regional está mais complexa. Um exemplo é o Rio Grande do Sul. O PSB local largou na frente na disputa por uma aliança com a principal opositora ao PT, a senadora Ana Amélia Lemos (PP), que será candidata a governadora.

    Sem ela, uma alternativa dos tucanos seria apoiar o PMDB para garantir um palanque gaúcho a Aécio. Os peemedebistas locais, no entanto, ainda podem optar por um nome ligado ao vice-presidente Michel Temer, o que inviabilizaria uma união da sigla pró-Aécio.

    Isolado, ao PSDB restaria recrutar um nome interno -a direção gaúcha fala em "grande chance" de ocorrer. Situação parecida acontece no Distrito Federal. Campos e a presidente Dilma devem ter o apoio de concorrentes conhecidos -o senador Rodrigo Rollemberg e o atual governador Agnelo Queiroz.

    Três pré-candidatos de menor expressão são as atuais opções dos tucanos do DF. O secretário-geral do PSDB, Antônio Carlos Mendes Thame, diz que "não há partido que se firme" sem lançar candidatos próprios.

    Para o dirigente, a exposição também ajuda a elevar os votos para a Câmara dos Deputados, que é referência na distribuição de tempo de televisão e do fundo partidário.

    "Não é só um palanque na eleição para presidente, mas também um elemento forte para a formação de uma bancada. Ter um candidato a governador ajuda a ter um voto no PSDB de ponta a ponta."

    Editoria de Arte/Folhapress

    Em Alagoas, ainda não há definição sobre candidatura própria. Uma possibilidade é um secretário do atual governador, o tucano Teotônio Vilela. No Espírito Santo, o pré-candidato tucano é um ex-prefeito do interior.

    "Time que não joga não cria torcida. Vamos marcar posição, participar dos embates, mostrar o contraditório", diz o presidente da sigla no Estado, César Colnago. O tempo de TV do partido -o terceiro maior- é visto como trunfo para alavancar candidaturas regionais.

    Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre também podem ter candidatos tucanos correndo por fora na disputa. No Rio, o partido filiou no ano passado o treinador de vôlei Bernardinho pensando em lançá-lo ao governo, estratégia que não vingou.

    Em Santa Catarina, o PSDB terá candidato pela primeira vez desde 1990. Ex-aliado, o governador Raimundo Colombo trocou o DEM pelo PSD e se aproximou de Dilma. No Nordeste, onde o partido sempre teve dificuldades nas últimas campanhas para presidente, uma solução foi reciclar nomes veteranos.

    O senador paraibano Cássio Cunha Lima é pressionado pela direção nacional a novamente concorrer ao governo. O congressista governou o Estado de 2003 a 2009. No Ceará, o antigo líder nacional tucano Tasso Jereissati foi convencido a retomar a vida pública e deve disputar o Senado. Lá, as alianças ainda estão indefinidas.

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