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    Gleisi vira principal soldado do governo petista no Senado

    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    06/03/2014 03h00

    Ex-ministra da Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) incorporou o papel de principal advogada de defesa do governo federal desde que reassumiu sua cadeira no Senado, há um mês.

    Com discursos atacando a oposição e postura mais aguerrida que a adotada por outros governistas, Gleisi é chamada de "soldado do Planalto" por congressistas que criticam a defesa enfática do modelo Dilma de governar.

    Na prática, Gleisi passou a adotar postura de líder do governo no Senado –posto oficialmente ocupado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Uma ala de senadores peemedebistas considera que ela "esvaziou" os poderes do líder, aumentando a insatisfação do aliado com o PT.

    Na Casa Civil, principal ministério político do Executivo, Gleisi foi substituída por Aloizio Mercadante. Ela deixou o cargo para dedicar-se à sua campanha ao governo do Paraná, que terá como mote a defesa da gestão petista.

    Pedro França - 27.fev.2014/Agência Senado
    Ex-ministra da Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann discursa no plenário
    Ex-ministra da Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann discursa no plenário

    A aparência tímida e delicada esconde o perfil adotado pela petista em seus discursos e ações –estrategicamente calculados para enfraquecer bandeiras levantadas por adversários do PT.

    Um dos objetivos de Gleisi é neutralizar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável adversário de Dilma nas eleições de outubro. A petista também já atacou o governador Eduardo Campos (PSB-PE). Ex-aliado e outro presidenciável, ele foi chamado de "ingrato e hipócrita".

    Na semana passada, enquanto os tucanos celebravam no plenário os 20 anos do Plano Real, Gleisi acompanhava os discursos da liderança do PT para rebatê-los minutos depois.

    Ao dirigir-se ao PSDB, ela acusou os adversários de produzirem críticas "vazias" e agirem como "pessimistas" em relação à economia.

    Gleisi reconhece a postura "aguerrida" e não se envergonha por ser uma "soldado" do Planalto no Congresso. Sua "motivação política", diz, é trabalhar pelo que chama de "projeto nacional do PT".

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