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    Senado suspende sessão e faz um minuto de silêncio por Sérgio Guerra

    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    06/03/2014 15h54

    Pedro Ladeira/Folhapress

    O Senado fez um minuto de silêncio e suspendeu a sessão plenária desta quinta-feira (6) em homenagem ao ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), que morreu em consequência de um câncer no pulmão.

    Senadores do governo e da oposição apresentaram votos de pesar pela morte de Guerra, que devem ser aprovados pelo Senado na semana que vem –um deles de autoria do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL).

    Em nota, Renan disse que Guerra foi uma "referência como democrata e homem público" em todos os cargos que exerceu –seja na Câmara, no Senado ou na presidência do PSDB.

    "No Senado, onde cumpriu com dedicação mandato entre 2003 e 2011, Sérgio Guerra se destacou pela amizade e cordialidade com os seus pares. O povo de Pernambuco e o Congresso Nacional perdem muito com a ausência de Sérgio Guerra. Eu particularmente perco um grande amigo, com quem desfrutei inúmeros momentos de fraternidade e alegria", disse Renan.

    Os poucos senadores presentes em plenário nesta quinta-feira fizeram homenagens a Guerra nos discursos, inclusive governistas.

    Vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC) disse que o ex-presidente do PSDB era mais que um "articulador", mas um "conciliador" de interesses.

    Presidente do PMDB, o senador Valdir Raupp (RO) afirmou que Guerra apresentou um "longo rol" de serviços prestados ao país, com dedicação ao interesse público e defesa da transparência.

    "Mostrou-se, ao longo desses mais de 30 anos de vida pública, uma pessoa sensata, aberta ao diálogo, com grande capacidade de articulação e liderança, habilidades que o levaram à presidência do PSDB. Além disso, sempre se revelou um ser humano de espírito ativo, mas conciliador", disse Raupp.

    O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), aliado de Guerra, disse que o Brasil e Pernambuco perdem uma de suas "mais significativas lideranças políticas". Único tucano presente ao plenário do Senado, Dias lembrou que Guerra não se afastou da presidência do partido mesmo em meio ao tratamento contra o câncer, abrindo caminho para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se eleger para o comando da sigla.

    "Sérgio Guerra foi um dos líderes mais influentes do PSDB nos últimos anos. Foi, certamente, influente e decisivo na escolha de José Serra, candidato a presidente da República, como foi também decisivo, recentemente, na escolha de Aécio Neves para presidir o PSDB, sucedendo-o, e para se colocar como nosso candidato à Presidência da República. A influência de Sérgio Guerra deve ser reconhecida nesses episódios", afirmou Dias.

    A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) disse que os três pré-candidatos à Presidência da República –Dilma Rousseff (PT), Aécio e Eduardo Campos (PSB)– divulgaram notas exaltando os feitos políticos do tucano, o que comprova sua capacidade de conciliação. "Nós, gaúchos, somos os chamados 'pernambucanos a cavalo'. Os pernambucanos são chamados de 'gaúchos a pé'."

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