• Poder

    Monday, 06-May-2024 00:51:13 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    Campos diz que Dilma não pode esconder problemas até as eleições

    DANIEL CARVALHO
    DO RECIFE

    06/03/2014 17h21

    Pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) disse nesta quinta-feira (6) que o governo Dilma Rousseff não pode "esconder" os problemas que o país enfrenta para só mostrá-los após as eleições.

    O também governador de Pernambuco voltou a criticar o desempenho da economia e reafirmou que o governo "esconde" essas questões da população.

    "Esses problemas não podem estar sendo negligenciados nem escondidos da sociedade para estourarem depois da eleição. É preciso que a gente converse sobre o Brasil. A necessidade de preservar as conquistas que o Brasil teve nas últimas décadas passa por um debate muito sereno sobre o país. Não se pode estar deixando para amanhã, para depois de amanhã ou para depois da eleição o que tem que ser feito imediatamente", afirmou Campos durante entrevista, após cumprir agenda administrativa no Recife.

    A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre as "verdades" que, segundo Campos, o governo federal omite.

    "Desde 2011, o Brasil saiu de um roteiro que vinha, de crescimento com distribuição de renda, de crescimento mais acelerado. Estamos crescendo a metade da América Latina, estamos crescendo menos que o mundo. Estamos vendo a renda voltar a se concentrar nas regiões mais pobres, estamos com problemas no setor elétrico brasileiro, temos problemas no setor de petróleo. Só esse mês, a balança comercial deu R$ 1 bilhão negativo para a importação de derivados", disse o governador.

    Na semana passada, o governador já havia criticado a "falta de transparência" do governo federal quando foi divulgado o PIB de 2013. Em sua página no Facebook, Campos disse que o governo Dilma festejava a "mediocridade".

    "Ao invés de se preocupar com mais um ano de crescimento econômico baixíssimo, o governo está festejando a mediocridade", escreveu o ex-aliado pernambucano.

    No mesmo dia, Campos também criticou "o velho truque de selecionar outros países mal das pernas e dizer que estão piores do que nós".

    Ainda na semana passada, o governador disse que o país cresceu somente até o final do governo do ex-presidente Lula, em 2011. Ele afirmou que o Brasil presencia a "vulnerabilidade dos fundamentos macroeconômicos que não vão segurar as conquistas" dos governos Lula e FHC.

    FACEBOOK

    Campos disse "não querer crer" que houve politização na denúncia do Ministério Público Federal que culminou com a retirada do ar de uma página de apoio ao pré-candidato no Facebook. Há perfis de apoio a outros pré-candidatos como Dilma e o senador Aécio Neves (PSDB).

    Na cerimônia de inauguração da central de plantões, os discursos tiveram tom de prestação de contas e propaganda.

    O chefe da Polícia Civil, Osvaldo Moraes, disse que esta se tratava de "mais uma obra entregue". Segundo ele, desde 2007, primeiro ano do governo Eduardo Campos, 184 prédios foram reformados ou sofreram intervenção, totalizando investimento de R$ 12 milhões.

    "Pernambuco hoje desponta como referência em segurança pública", afirmou Moraes. "Não podemos nem pensar em voltar no tempo", completou.

    O chefe da polícia do governo de Pernambuco adotou o discurso de "vencer 2013" repetido exaustivamente por Campos. "Conseguimos vencer 2013, que foi um ano difícil, e também estamos vencendo 2014".

    Moraes disse ainda que o "Pacto pela Vida", programa de redução de homicídios que deve ser uma das principais bandeiras da campanha do presidenciável, está dando "resultados que mostramos para o Brasil e para o mundo".

    Com um discurso mais contido, Campos começou a cerimônia pedindo um minuto de silêncio em homenagem ao deputado Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB que morreu nesta manhã.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024