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    Em Rondônia, gestão tenta controlar gasto com pessoal

    NATÁLIA CANCIAN
    DE SÃO PAULO

    15/03/2014 03h45

    A poucos meses das eleições, o governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), terá que se preparar para a campanha em meio ao desafio de controlar o aumento dos gastos com pessoal.

    Em 2013, as despesas com folha de pagamento atingiram 46,6% da receita. Dois anos antes, o percentual era de 39,3% –aumento de 18,6% no período.

    Os valores ultrapassaram o limite de alerta e já alcançam o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, fixado em 46,55%. O patamar máximo é de 49%.

    Em uma das ações para controlar as contas, o governo cortou 2.800 cargos comissionados e reduziu o total de secretarias de 14 para dez.

    "Mas esses cortes ainda não foram suficientes", afirma o deputado federal Padre Ton (PT), pré-candidato ao governo estadual.

    O deputado também critica a elevação da dívida do Estado. Em três anos, passou de 47% a 57% da receita.

    "Tivemos duas linhas de crédito para investimentos e incorporamos R$ 380 milhões para capitalizar o Iperon [Instituto de Previdência do Estado]. Assumimos essa dívida de gestões passadas. O que não significa um alto nível de endividamento", afirma o secretário-adjunto de Finanças, Wagner Freitas.

    Editoria de Arte/folhapress

    Já sobre o aumento nos gastos com pessoal, ele diz: "As duas administrações anteriores não concederam reajuste salarial. E o governador achou por bem recompor essas perdas."

    No caso da educação, porém, o sindicato dos funcionários diz que o plano de cargos e salários não é cumprido. O governo afirma que negocia com a categoria.

    INVESTIMENTOS

    Após queda de 24% no volume de investimentos de 2011 para 2012, o governo recuperou o patamar inicial no ano passado, com ênfase em infraestrutura (transporte, habitação e saneamento).

    A gestão também se apressa para entregar obras na saúde. Mas nem todas devem ficar prontas a tempo.

    Um exemplo é o novo pronto socorro de Porto Velho, cujas obras foram iniciadas somente em dezembro. O investimento é de R$ 100 milhões.

    "Existe uma estratégia para [a nova unidade] não ser um novo [pronto socorro] João Paulo 2º", diz o secretário de Saúde, Williames de Oliveira, em referência ao hospital que esteve no meio de uma crise em 2011, o que levou o governo a decretar calamidade pública no setor.

    Outra promessa de campanha, o hospital de Guajará-Mirim, está com 50% das obras finalizadas.

    Nilson Nascimento da Silva - 11.jun.2012/DER
    O governador de Rondônia, Confúcio Moura (de óculos), do PMDB, inaugura unidade do DER em Extrema
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