Seis meses após protagonizar a maior reviravolta na corrida eleitoral até agora, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) acertou anunciar no dia 14 de abril a ex-senadora Marina Silva como sua vice na chapa para a Presidência da República.

A ideia é que o evento ocorra em Brasília, mas os detalhes ainda estão sendo acertados entre o PSB e a Rede, grupo político de Marina. Com isso, os socialistas esperar tornar o governador mais conhecido nacionalmente e se beneficiar da parcela de intenção de votos que hoje é direcionada para a ex-senadora.

Pela legislação eleitoral, Campos precisa deixar o governo de Pernambuco até o fim da próxima semana. A expectativa é que sai na sexta-feira (4). Segundo o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), depois do anúncio, Campos irá percorrer o país para apresentar seu projeto.

	Pedro Ladeira-04.fev.2014/Folhapress
	Campos e Marina participam do lançamento das diretrizes do PSB-Rede em Brasília

"A chapa será oficializada com Marina na vice no dia 14. Depois, é pé na estrada para encontrar e falar com o povo sobre o Brasil que queremos melhorar", disse o deputado.

Interlocutores da Rede confirmaram à Folha que já há um acerto para o lançamento da candidatura no dia 14, mas disseram que ainda discutem questões de agenda e logística para o evento.

No programa de rádio e televisão do PSB na quinta-feira (27), Campos já apresentou Marina Silva como sua companheira na corrida eleitoral. No vídeo de dez minutos, Campos e Marina conversaram sobre o que sonham para o Brasil e se apresentam como alternativa para o país.

Desde janeiro, o PSB pressiona o anúncio de Marina como vice de Campos. O grupo da ex-senadora, no entanto, condicionou o lançamento a entendimentos sobre a composição dos palanques estaduais. A ex-senadora se recusou, por exemplo, a apoiar a candidatura de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes.

Os aliados de Marina defendem chapa própria do PSB com a Rede, que represente "o novo" e seja uma alternativa à polarização entre petistas e tucanos no Estado. O argumento é que candidaturas próprias nos principais colégios eleitorais ajudam a fortalecer a chapa pela Presidência.

No vídeo de dez minutos, Campos e Marina conversam sobre o que sonham para o Brasil e se apresentam como alternativa para o país.

No Datafolha, Campos é o terceiro colocado, atrás de Dilma e Aécio Neves (PSDB). Quando Marina Silva (PSB) aparece como candidata no lugar de Campos, pontua mais do que o socialista.