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    Análise: Sensação de insegurança eleva frustração com governo Dilma

    MAURO PAULINO
    DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA
    ALESSANDRO JANONI
    DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA

    05/04/2014 15h59

    Para 63% dos brasileiros, Dilma Rousseff fez, até aqui, menos do que o esperado. Há aproximadamente um ano, em março de 2013, o cenário era o inverso –essa taxa correspondia apenas a 34%.

    Relacionando-se o conceito de satisfação ao cumprimento de expectativas, tal dado isolado representa uma síntese precisa do momento pelo qual passa a presidente.

    A frustração nos últimos 12 meses subiu em todos os segmentos sociais, mas a intensidade é maior entre os mais jovens, os que têm o ensino médio e superior, os que residem nas regiões metropolitanas, no Sudeste e no Sul. Entre os mais ricos, a decepção cresceu 46 pontos. Entre os mais pobres, 25 pontos.

    Patinadas na economia, os protestos de junho, idas e vindas no julgamento do mensalão, entre outros, minaram a imagem do governo, que suspirou numa leve retomada ao implantar o Mais Médicos.

    Agora, com a polêmica sobre a Petrobras, que para parte da população se insinua como caso de corrupção, e com a maioria identificando alta de preços em algumas categorias de produtos, o quadro que emerge é de crescente insegurança. Principalmente econômica, mas não só.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Ao se fazer o balanço dos últimos 12 meses, percebe-se que a expectativa negativa em relação à inflação cresceu 20 pontos percentuais, o pessimismo sobre o poder de compra cresceu 17 pontos e quanto ao desemprego, 14 pontos.

    O otimismo em relação às condições econômicas do país e do entrevistado caiu 24 e 22 pontos, respectivamente. Somam-se menções expressivas à saúde e violência como principais problemas do país, áreas em que se potencializam as percepções de vulnerabilidade da população.

    Os reflexos desses fatores sobre a corrida eleitoral, porém, são incertos, apesar da queda de Dilma nas intenções de voto. Ela continua favorita e lidera a corrida, amparada pela baixa taxa de desemprego, pela percepção de empregabilidade e pela falta de informação do eleitorado sobre os candidatos da oposição.

    Benefícios ou prejuízos com a Copa, assunto que divide os brasileiros, integrarão a campanha, e, dependendo do desfecho, poderão até definir a eleição –o evento não só permeia e testa setores nevrálgicos da administração pública, também toca em um ponto que sofre agora, pela primeira vez em 13 anos, uma queda importante: o orgulho de ser brasileiro.

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