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    Sem Campos, governo de Pernambuco tenta aproximação com Dilma

    DANIEL CARVALHO
    DO RECIFE

    07/04/2014 12h06

    A saída do pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB-PE) do governo de Pernambuco abriu espaço para o novo governador, João Lyra Neto (PSB-PE), buscar uma aproximação com o governo de Dilma Rousseff.

    Na manhã desta segunda-feira (7), em seu primeiro ato como governador, a posse do novo secretariado, Lyra citou as parcerias do Estado com o governo federal. Durante sua posse, na última sexta-feira (4), disse, porém, que este seria um governo de continuidade.

    No evento de hoje, ao mencionar o crescimento econômico de Pernambuco, Lyra chegou a mencionar o nome de Dilma. Antes da posse de Lyra, o nome da presidente só era citado por Campos em falas críticas.

    "O PIB pernambucano subiu nos últimos dez anos mais de 100%. Isso mostra claramente o desenvolvimento econômico que nós vivenciamos, principalmente a partir de 2007, com o governador Eduardo Campos, com a participação do governo federal em obras estruturadoras, através do [ex-] presidente Lula e da presidente Dilma", afirmou Lyra.

    Ao ser questionado se isso representava uma mudança de postura do governo pernambucano, Lyra foi enfático: "Não. Está mudando é o governador. Cada governador, e eu respeito muito o governador Eduardo Campos –ele é o líder da nossa Frente Popular, é uma liderança nacional das mais importantes–, cada um tem seu estilo", afirmou.

    O novo governador disse esperar ser convocado pela presidente para uma audiência. Caso isso não ocorra, afirmou que ele mesmo pediria o encontro. "Vamos ter que ter a compreensão de que a relação institucional, os interesses do povo brasileiro, e nós incluímos o povo pernambucano, não podem ser prejudicados pela tensão, por mais forte que seja, de uma campanha eleitoral", disse Lyra.

    O ex-governador Eduardo Campos não participou da cerimônia no Palácio do Campo das Princesas. Ele descansa com a família em uma praia de Pernambuco até sábado (12). No domingo (13), embarca para Brasília e, no dia seguinte, deve anunciar a ex-senadora Marina Silva como sua pré-candidata a vice na chapa presidencial.

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