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    Aliados de Campos e Marina divergem em nove Estados

    PATRÍCIA GOES BRITTO
    DE SÃO PAULO

    12/04/2014 03h03

    O ex-governador Eduardo Campos (PSB) e a ex-senadora Marina Silva (Rede) anunciam na segunda-feira sua chapa presidencial sem terem conseguido resolver problemas entre seus grupos políticos em nove Estados.

    As divergências ocorrem porque integrantes da Rede, liderada por Marina, rejeitam o apoio do PSB a candidaturas de PSDB, PT e PMDB. Segundo eles, essas siglas representam a "velha política".

    Também há rejeição a nomes do próprio PSB, partido ao qual Marina e aliados se filiaram após não conseguirem o registro da Rede na Justiça Eleitoral, ano passado.

    Os casos mais complicados, com chances remotas de acordo, ocorrem nos Estados de São Paulo e do Paraná.

    No maior colégio eleitoral do país, o PSB cedeu à pressão de Marina e desistiu de apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB). Não abre mão, contudo, de lançar o deputado federal Márcio França (PSB-SP) ao governo.

    França não agrada a Rede, que defende nomes ligados a Marina, como Walter Feldman (PSB), Ricardo Young (PPS) e Gilberto Natalini (PV).

    No Paraná, o PSB integra a gestão Beto Richa (PSDB) e apoiará a reeleição do tucano, mas a Rede optou pela deputada federal Rosane Ferreira (PV) e indicou a socióloga Sigrid Andersen (PV), do grupo de Marina, ao Senado.

    Em Alagoas, o PSB lançará a candidatura ao governo de Alexandre Toledo, que até 2013 era filiado ao PSDB. A Rede optou por apoiar apenas a candidatura de Heloísa Helena (PSOL) ao Senado.

    Não houve consenso até mesmo no Acre, reduto de Marina. O PSB historicamente integra a frente que dá sustentação ao governo petista de Tião Viana, mas a Rede optou pela neutralidade.

    "Os filiados acharam que essa candidatura não converge com a candidatura nacional", afirma o porta-voz da Rede no Acre, Carlos Gomes.
    Também há crise em Minas Gerais. Na semana passada, uma ala do PSB mineiro, com apoio de Marina, lançou a pré-candidatura do ambientalista Apolo Heringer.

    O problema é que o PSB já negociava aliança com Pimenta da Veiga, candidato do PSDB no reduto do presidenciável tucano, Aécio Neves. A contrapartida seria o apoio do PSDB ao candidato de Campos em Pernambuco.

    A expectativa de aliados é que as negociações sejam retomadas após o lançamento da chapa presidencial.

    Por enquanto, há acordo entre PSB e Rede em dez Estados, entre eles Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro. Nos restantes, o cenário ainda está indefinido.

    Editoria de Arte/Folhapress
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