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    Pimenta da Veiga declarou dinheiro recebido de Valério só em retificação

    PAULO PEIXOTO
    DE BELO HORIZONTE

    14/04/2014 19h42

    Indiciado pela Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro, o ex-ministro Pimenta da Veiga, pré-candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, disse nesta segunda-feira (14) que declarou os R$ 300 mil recebidos em 2003 do empresário Marcos Valério de Souza por meio de retificação do Imposto de Renda, um ano após a entrega da declaração anual.

    A retificação ocorreu depois que as autoridades já investigavam a contabilidade das agências de publicidade de Valério. Foi quando Pimenta declarou à Receita Federal os valores recebidos, segundo ele, por serviços de advocacia prestados para as agências SMPB e DNA.

    "Como não tinha sido feito [a declaração dos valores] na época adequada, foi feito depois, dentro do prazo da Receita, que aceitou perfeitamente, cobrou os impostos e foram pagos", afirmou Pimenta.

    Até então, Pimenta dizia que havia declarado os valores ao Imposto de Renda, mas sem esclarecer que fora por meio de uma retificação, já que não tinha prestado a informação na declaração de 2004.

    Ele disse ainda que declarou os valores como pessoa física porque seu escritório em Brasília, montado em 2003, demorou mais de um ano para obter o CNPJ.

    EMOÇÃO

    Pimenta, que participou na tarde desta segunda-feira de palestra para empresários mineiros em Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte), se emocionou após fazer uma referência indireta à investigação da PF.

    A forma que encontrou de tocar no assunto foi quando disse esperar que a presidente Dilma Rousseff não use o "aparelho do Estado para perseguir adversários ou para privilegiar amigos". Fez uma pausa e, quando retomou a palestra, estava com a voz embargada.

    Questionado se havia se emocionado por causa do indiciamento pela PF, disse que "a emoção deve ter sido por outras razões".

    O caso de Pimenta veio à tona em 2005, quando ficou conhecido o mensalão do PT, motivo pelo qual as contabilidades das agências de Valério, o operador do esquema, foram vasculhadas. Pimenta diz não ter feito contratos para trabalhar para as agências, mas que prestou consultoria em contratos, sem emitir laudos ou pareceres.

    O pré-candidato do PSDB –escolhido pelo senador Aécio Neves, pré-candidato ao Planalto– disse que considera a ação da PF um ato "político-eleitoral", já que prestou em 2005 todos os esclarecimentos à CPI e à própria Polícia Federal.

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