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    PMDB de Minas desiste de candidatura ao governo e se alia ao PT

    PAULO PEIXOTO
    DE BELO HORIZONTE

    23/04/2014 13h00

    O senador e empresário Clésio Andrade (PMDB) desistiu da sua pré-candidatura ao governo de Minas Gerais nesta quarta-feira (23), acatando assim a vontade da maioria da Executiva estadual do partido de se coligar com o PT no segundo colégio eleitoral do país.

    Clésio, 61, é um dos réus do mensalão tucano que, de acordo com o Ministério Público, foi um esquema que desviou recursos públicos do governo de MG para financiar, em 1998, a campanha à reeleição do então governo Eduardo Azeredo, do PSDB.

    Na ocasião, teriam sido desviados R$ 3,5 milhões de três empresas públicas. Clésio responde pela denúncia no STF (Supremo Tribunal Federal). Azeredo, que renunciou ao seu mandato de deputado federal após a Procuradoria apresentar suas alegações finais no caso, responderá na primeira instância em Minas.

    Com a desistência de Clésio da disputa, a aliança PT-PMDB em Minas terá como candidato ao governo estadual o ex-ministro petista Fernando Pimentel e, como vice, o ex-ministro peemedebista Antonio Andrade. Ambos deixaram recentemente o governo Dilma Rousseff.

    O empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar (1931-2011), deverá completar a chapa como candidato ao Senado. Ele se filiou no ano passado ao PMDB, impulsionado pelo ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.

    Marcelo Camargo - 24.dez.2013/Folhapress
    O senador mineiro Clesio Andrade desistir de ser candidato ao governo de Minas
    O senador mineiro Clésio Andrade desisti de ser candidato ao governo de Minas

    No final da manhã, Clésio divulgou nota para anunciar sua decisão, usando como argumento principal o fato de que, se o partido entende que a aliança com o PT é boa para ajudar na chapa para eleição de deputados, ele se rende a essa vontade.

    Com a decisão, Clésio desiste de brigar na convenção do partido para ser candidato ao governo. O nome dele era o único colocado pelo PMDB, que, internamente, vinha medindo forças entre a candidatura própria e a aliança com os petistas.

    A parceria com o PT tem como principal articulador o ex-ministro da Agricultura Antonio Andrade. Assim que deixou a pasta, em meados de março, Andrade reassumiu o mandato de deputado federal e a presidência do PMDB-MG, facilitando assim o trabalho de levar a sigla para a aliança com Pimentel.

    Desde o ano passado, ainda ministro, Andrade vinha trabalhando para ser vice na chapa de Pimentel. Ao reassumir a presidência estadual do partido no lugar do deputado federal Saraiva Felipe, que trabalhava aliado a Clésio, Andrade intensificou as articulações.

    Em reunião da Executiva estadual, 8 dos 13 integrantes, formados por deputados estaduais e federais, decidiram caminhar com a tese defendida por Antonio Andrade. Sem opção, Clésio desistiu de mudar essa decisão até a convenção partidária de junho.

    DUPLA ELEITORAL

    Pimentel e Antonio Andrade vêm se apresentando como uma dupla eleitoral desde que deixaram o governo Dilma em fevereiro e março, respectivamente.

    Isso tem ocorrido nas viagens que a presidente Dilma faz a Minas. Eles ocupam o palanque oficial, sentam lado a lado, são saudados pela presidente e ainda participam dos cumprimentos a prefeitos na entrega de máquinas e caminhões.

    Pimentel terá como principal concorrente o também ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), cujo grupo político está no poder em Minas há quase 12 anos.

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