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    Petrobras não pode pagar por erro de uma pessoa, afirma Dilma

    NAIEF HADDAD
    ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

    29/04/2014 10h52

    A presidente Dilma Rousseff disse na noite de segunda-feira (28) que é injusto que a Petrobras, "a maior empresa brasileira", tenha sua imagem manchada por conta de um erro de um funcionário.

    De acordo com a presidente, falhas como essa acontecem em qualquer empresa, mesmo as privadas.

    No mês passado, a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos EUA, passou a ser alvo de críticas da oposição após a presidente ter admitido, em nota oficial, que o negócio havia sido aprovado pelo Conselho de Administração da estatal com base em um parecer "técnica e juridicamente falho".

    Nestor Cerveró, então diretor responsável pela apresentação do parecer, acabou demitido de um cargo na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras para a qual tinha sido transferido. A oposição conseguiu assinaturas para uma CPI no Senado, que até agora não foi instalada.

    A produção de petróleo, aliás, é um dos pontos que sustentam o otimismo apresentado pela presidente, fortemente ressaltado na entrevista de ontem a editores de esporte dos principais veículos do país. Para ela, graças aos dividendos do pré-sal, o Brasil estará entre os cinco maiores produtores de petróleo em 2020. Em relatório de 2013, a BP apontou o Brasil como o 13° produtor mundial da commodity.

    Instada a falar sobre o movimento "volta, Lula", conduzido por membros da base aliada, Dilma foi enfática ao dizer que nada romperá a relação de confiança que a une ao ex-presidente. Como ministra da Casa Civil, ela conviveu com Lula ao longo de cinco anos, entre 2005 e 2010, "todos os dias", em suas palavras.

    Ontem, a bancada do PR na Câmara pediu, em manifesto, que o ex-presidente Lula substitua Dilma na corrida presidencial, argumentando que ela não é preparada como ele para fazer a economia voltar a crescer com vigor. Dos 32 deputados do PR, 20 assinaram a carta. Bernardo Santana (MG), líder da bancada, disse porém que manterá o apoio a Dilma se o apelo não for atendido.

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