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    Deputados vão a Papuda checar 'real situação penal' de Dirceu

    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    29/04/2014 11h16

    Integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara realizam nesta terça-feira (29) visita ao ex-ministro José Dirceu, preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde o ano passado.

    O objetivo do grupo é verificar sua "real situação penal", questionar aos órgãos do Judiciário sobre a concessão de autorização para o trabalho externo, além de analisar a situação de outros presos em condições semelhantes a de petistas.

    A visita foi aprovada na semana passada pela comissão a partir de um requerimento do deputado Nilmário Miranda (PT-MG), que atendeu a pedido dos filhos de Dirceu, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) e Joana Saragoça. Eles fizeram um apelo para que a comissão verifique se há regalias ou se o regime a que Dirceu foi condenado está sendo descumprido.

    A ida dos congressistas até a Papuda está marcada para o início da tarde de hoje.

    Segundo Miranda, a ideia é esclarecer a situação de Dirceu e de outros presos que estão condenados a regime semiaberto e também estão sem autorização para trabalho.

    "O nosso foco específico é esclarecer a situação do Zé Dirceu. Vamos ouvi-lo, faremos conversas com a direção para saber se há privilégios ou não e avaliar outros presos", afirmou o deputado.

    O encontro foi costurado pelo presidente da comissão, Assis do Couto (PT-PR), com a Secretaria de Governo do Distrito Federal.
    Além de Couto e Nilmário, farão parte da comissão que visitará Dirceu na Papuda os deputados Luiza Erundina (PSB-SP) e Jean Wyllys (Psol-RJ). O PPS, que questionou a medida, e o PSDB terão um representante cada.

    Dirceu é o único dos condenados no mensalão que ainda não teve seu pedido de trabalho analisado pela Justiça. Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto, o ex-ministro tenta trabalhar como auxiliar no escritório de advocacia de José Gerardo Grossi, em Brasília, com um salário de R$ 2,1 mil mensais.

    O pedido de trabalho externo foi referendado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no dia 11. Em parecer enviado ao Supremo, ele disse que as conclusões do sistema penitenciário de Brasília, relatando não ser possível provar se Dirceu usou um celular dentro da prisão, eram suficientes para se encerrar a investigação contra o ex-ministro. Por isso, o trabalho externo deveria ser assegurado.

    O pedido de Dirceu está em análise no gabinete do ministro Joaquim Barbosa.

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