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    Dois agricultores são mortos por índios no Rio Grande do Sul

    DE SÃO PAULO

    29/04/2014 16h02

    Dois agricultores foram mortos por indígenas no início da noite de segunda-feira (28) em Faxinalzinho (424 km de Porto Alegre), no noroeste do Rio Grande do Sul.

    Segundo a Brigada Militar, os agricultores foram mortos cerca de três horas depois de terem furado um bloqueio que índios caingangues faziam em uma estrada para exigir a demarcação de terras no município.

    Os corpos dos irmãos Anderson Batista de Souza e Alcemar Batista de Souza foram encontrados em uma ribanceira com marcas de tiros e pauladas. O capitão Mauri José Bergamo, comandante da 4ª Companhia da Brigada Militar, afirmou que cerca de 30 índios saíram correndo, alguns deles armados com espingardas, quando soldados da corporação se aproximaram do local.

    Os veículos dos agricultores também foram depredados.

    As estradas que dão acesso a Faxinalzinho ficaram bloqueadas até a manhã desta terça (29) e só foram liberadas, segundo o capitão da Brigada Militar, após negociação com os indígenas.

    O Cimi (Conselho Indigenista Missionário), braço da Igreja Católica no Brasil para a questão indígena, divulgou duas notas sobre o episódio.

    Afirmou que, segundo relato de líderes caingangue, os dois agricultores mortos haviam levado um menino como refém na tentativa de romper o bloqueio da estrada e "afastar à força os indígenas".

    De acordo com esse relato, as mortes ocorreram após uma perseguição para resgatar o garoto, que resultou em confronto.

    O Cimi criticou a atuação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), que teria desmarcado quatro vezes, somente no mês de abril, uma reunião de trabalho que seria realizada para definir um cronograma para a demarcação de terras indígenas na região.

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