Após ser apresentada oficialmente pelo PT como pré-candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse estar "honrada com a missão" e fez o mais duro ataque a seus adversários na disputa deste ano.

Sem citar o nome do senador Aécio Neves (MG), escolhido pelo PSDB, para a disputa eleitoral, Dilma acusou os tucanos de agirem com "rancor e ódio" e de representarem o "retrocesso, mesmo que travestidos de novidade".

"Há forças políticas que detestam os programas que tiram pessoas da miséria, até porque nunca se preocuparam com elas. Que acham que o caminho está no passado. No passado injusto, de atraso, de arrocho, de mediocridade, do apagão, do FMI", afirmou a presidente. "Mas o povo não vai deixar", concluiu Dilma.

Dilma também fez um ataque velado à imprensa. "Tem gente achando que é melhor voltar ao passado. Não é muita gente, mas eles têm amigos que falam demais", disse. "Nós somos muitos, mas temos que falar muito mais."

A presidente defendeu seu legado e o do ex-presidente Lula, a quem chamou de "lenda" da política.

Ela defendeu programas como o Mais Médicos. "Esses médicos todos falam a língua da solidariedade", disse, numa resposta às críticas da importação de profissionais.

Por fim, Dilma defendeu a reforma política e afirmou que a conjuntura eleitoral transforma em obrigatória a adoção desta agenda pelo PT.

Ela afirmou que está pronta para continuar as mudanças iniciadas no governo Lula e disse que os que hoje se apresentam como novidade são, na verdade, "impopulares".