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    Planalto vê protestos de hoje como termômetro para Copa

    GIBA BERGAMIM JR.
    REYNALDO TUROLLO JR.
    CLÁUDIA ROLLI
    FELIPE SOUZA
    DE SÃO PAULO
    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    LUCAS VETORAZZO
    DO RIO
    DE BRASÍLIA

    15/05/2014 02h00

    Sem-teto, grupos contrários à realização da Copa e outros movimentos sociais prometem fazer nesta quinta-feira (15) protestos simultâneos em pelo menos 50 grandes cidades do país.

    As manifestações terão objetivos diversos, mas têm como ponto em comum a crítica, direta ou indireta, aos gastos públicos para a realização do Mundial no Brasil.

    Será, por essa razão, um termômetro do que poderá acontecer durante a competição, avaliam autoridades de segurança do governo federal e especialistas que acompanharam de perto os protestos do ano passado.
    Os protestos devem coincidir com greves de trabalhadores organizados por duas centrais sindicais.

    As manifestações, marcadas sobretudo para as capitais que sediarão a Copa, irão definir a estratégia dos órgãos de segurança para essas ações durante o evento.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Segundo fontes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), da Presidência da República, o planejamento para a Copa poderá sofrer alterações a depender do comportamento e do poder de mobilização das manifestações desta quinta.

    O GSI considera que, sem a adesão da classe média, como ocorreu nos protestos de 2013 pela redução da tarifa de ônibus, os movimentos podem não decolar.

    Também vem sendo observada por eles a participação dos sem-teto.

    O governo avalia que o sinal de alerta deverá ser ligado caso as manifestações reúnam mais de 5.000 pessoas em cada uma das ações em São Paulo e no Rio.

    EM CAMPO

    Nas avaliações até aqui, com o desembarque da classe média dos protestos, o protagonismo que vem sendo exercido pelos sindicatos e movimentos de moradia.

    Uma possível boa campanha da seleção é apontada como fator que pode enfraquecer os movimentos –assim como uma eliminação precoce pode fortalecê-los, segundo essa avaliação.

    Professora de relações internacionais da Unifesp, que acompanha as manifestações em São Paulo desde o ano passado, Esther Solano diz que será uma espécie de "inauguração" da agenda formal de protestos anti-Copa.

    Segundo ela, os grupos que protestam agora tem um grau de politização mais apurado do que os que participaram protestos do ano passado.

    "Há coletivos mais organizados, como os comitês contra a Copa, entidades de classes trabalhistas que estão exigindo melhorias salariais e os movimentos de moradia. Todos devem estar nas ruas."

    Em São Paulo, o movimento de Trabalhadores Sem-Teto (MTST) promete bloquear avenidas nas regiões norte, sul e leste. Às 7h, manifestantes da ocupação Copa do Povo farão ato no entorno do vizinho estádio do Itaquerão.

    A Polícia Militar de São Paulo não acredita na possibilidade de confronto, já que o líder do MTST, Guilherme Boulos, mantém contato frequente com o comandante-geral da PM, Benedito Meira.

    À tarde, em várias cidades do país haverá o ato chamado de Dia Internacional de Lutas contra a Copa. Sindicatos ligados a duas centrais também farão atos. Na Força Sindical, 15 mil metalúrgicos de São Paulo devem parar fábricas.

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