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    Após arrastões, agências bancárias fecham as portas em PE

    ÁLVARO FILHO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM ABREU E LIMA (PE)

    15/05/2014 11h01

    Um dia após a onda de arrastões e saques a lojas e caminhões em Abreu e Lima, na Grande Recife, as agências bancárias do município decidiram não abrir as portas nesta quinta-feira (15). Estão fechadas agências de Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú e Bradesco.

    A greve dos policiais e bombeiros militares entrou em seu segundo dia, após o fracasso das negociações na tarde de quarta-feira (14).

    As agências bancárias ficam na BR-101 Norte, que cruza Abreu e Lima, a cerca de 500 metros do local onde ocorreu a maioria dos saques. A informação sobre o fechamento das agências foi dada à Folha pelos gerentes das agências. Nenhum deles, porém, quis dar entrevista.

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    O metalúrgico aposentado, Gilvan Henrique, 64, que mora em Abreu e Lima há 30 anos, precisava pagar a fatura do cartão de crédito, mas encontrou a agência do Itaú de portas fechadas. "Veja a situação, agora vou ter que pagar os juros. Isso é um absurdo."

    O metalúrgico, que morou em São Paulo na década de 1970 e trabalhou na Volkswagen de São Bernardo do Campo, mostrou-se irritado com a presidente Dilma Rousseff pela "desordem geral".

    Ele afirmou ainda que chegou a conhecer o ex-presidente Lula durante algumas manifestações sindicais em sua estada em São Paulo. "Votei nele na primeira eleição, mas depois desisti. De lá para cá, o nosso Brasil desandou. "Não temos mais presidente, estamos entregues as baratas."

    Gilvan testemunhou a onda de saques em Abreu e Lima no final da tarde de quarta-feira (14). Ele havia saído de casa para ir à padaria e ficou "preso" no estabelecimento, após o proprietário fechar as portas para evitar os roubos.

    "Vi um camarada trabalhador, que tem condições, parar a moto e pegar um engradado de água mineral de um caminhão", disse.

    Policiais e bombeiros militares estão parados desde a noite de terça-feira (13). O governo disse ter se comprometido na quarta-feira a atender três dos quatro principais pontos da pauta de reivindicação, mas os policiais não ficaram satisfeitos e decidiram manter a paralisação. Cabos e soldados fazem assembleia às 10h. Oficiais, às 14h.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Na quarta-feira (14), o presidente do TJ (Tribunal de Justiça) de Pernambuco, desembargador Frederico Neves, declarou a ilegalidade da greve de policiais e bombeiros militares.

    De acordo com o tribunal, o desembargador estabeleceu multa diária de R$ 100 mil para associações e movimentos independentes de PMs e bombeiros que não voltarem ao trabalho.

    Homens da Força Nacional de Segurança Pública chegaram a Pernambuco nesta madrugada. Tropas do Exército são esperadas no Estado ainda nesta quinta (15).

    Editoria de Arte/Folhapress
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