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    'Não tem protesto que nos assuste', diz ministro sobre manifestações na Copa

    FLÁVIA FOREQUE
    JULIA BORBA
    DE BRASÍLIA

    15/05/2014 17h20

    O Ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, disse nesta quinta-feira (15) que não tem protesto que "assuste" o governo. Segundo ele, há apenas uma "preocupação" com a violência nas manifestações que forem realizadas ao longo da Copa do Mundo.

    "É ridículo dizer que a saúde e a educação foram prejudicadas por conta da Copa", disse o ministro. "É o contrário. A Copa vai potencializar um ganho maior em impostos para que possamos aumentar investimentos na saúde e educação."

    Segundo Gilberto Carvalho, a Copa "não tirou nenhum tostão" dessas duas áreas, já que nos últimos quatro anos o país gastou R$ 800 bilhões em educação e saúde. No mesmo período, segundo o ministro, foram investidos R$ 8 bilhões em estádios e R$ 17 bilhões em infraestrutura.

    Carvalho disse também que o governo vem apostando no diálogo com todas as categorias que desejam fazer reivindicações para evitar qualquer ato violento.

    "Não tem protesto que nos assuste. O que nos preocupa é o uso de métodos antidemocráticos, métodos da violência, seja da parte da polícia seja dos manifestantes", afirmou.

    "Vamos teimosamente trabalhar até o último dia da Copa para que a grande maioria do povo brasileiro compreenda essa missão e não apoie, não dê nenhum respaldo, isole esse tipo de atitude. Faremos de tudo para evitar violência."

    O ministro disse também que "quem apostar contra" a Copa e seu legado "não vai se dar bem", já que todas as obras que não ficarem prontas até junho serão terminados antes do fim do ano.

    CONFLITOS

    A presidente Dilma Rousseff comentou o assunto rapidamente durante seu discurso para lançamento do compromisso pelo "Trabalho Decente" durante a Copa, assinado nesta quinta-feira (15). De acordo com a presidente, seu governo não "nega conflitos".

    "Nós temos que conviver com eles. Não há nenhuma vergonha em divergir e cada um ter uma posição. A vergonha está em não reconhecer isso, em não buscar o consenso possível", disse.

    Dilma reforçou ainda que um país que respeita a si mesmo "olha com orgulho para todos os seus setores e faz com que seja possível construir através do diálogo a solução de qualquer conflito."

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