• Poder

    Sunday, 05-May-2024 14:16:07 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    'PM abortou manifestação', diz padre que ficou ferido em ato anti-Copa

    DE SÃO PAULO

    16/05/2014 12h06

    O padre Júlio Lancelotti, líder da pastoral dos moradores de rua de São Paulo, disse nesta sexta-feira (16) que a Polícia Militar abortou o protesto anti-Copa de quinta-feira (15) antes mesmo de ele começar de fato.

    O padre ficou ferido durante a manifestação, que começou na praça do Ciclista, na avenida Paulista, região central da cidade. "É triste. Eles [policiais militares] não garantem o direito da população de se manifestar. Eles abortam a manifestação com o uso da força", disse.

    Ele conta que caminhava com um grupo de manifestantes pacíficos pela rua da Consolação quando bombas da polícia foram jogadas na via, na altura da rua Antônio Carlos. "O que mais me feriu foi a violência contra aquele grupo pacífico, que não estava disposto à violência."

    Um fragmento de uma bomba da PM, segundo o padre, atingiu sua perna esquerda. Houve sangramento e ele foi atendido por um médico que participava do ato. O padre foi medicado e está com um curativo na perna. "Já estou pronto para outra", diz.

    O ato de ontem começou de forma pacífica e reuniu em torno de 1.200 pessoas. O grupo fechou a avenida Paulista e depois seguiu em passeata pela rua da Consolação. Durante a caminhada no sentido centro, porém, teve início o confronto, após um grupo de PMs com escudos passar pela calçada, ao lado dos manifestantes. É o que relata o repórter Giba Bergamim Jr. no vídeo abaixo.

    Um grupo se irritou com a presença da polícia e começou a xingar a PM. Também foram jogadas pedras e latas de lixo contra os policiais, que revidaram disparando bombas de gás. Com o tumulto, maior parte dos manifestantes dispersou, mas um grupo ainda colocou lixeiras, vasos de flores de cerâmica e galhos de árvores na rua da Consolação e ateou fogo.

    Veja vídeo

    Assista ao vídeo em tablets e celulares

    VANDALISMO

    Uma concessionária da Hyundai, que é patrocinadora da Copa, foi depredada durante a confusão. Uma agência do banco Santander e outra da Caixa Econômica Federal tiveram portas e vidraças quebradas.

    O ato desta quinta começou por volta das 17h30 de forma pacífica. Diferente de outros atos contra o Mundial, mulheres militantes do Comitê Popular da Copa seguiam à frente, e não um cordão formado por "black blocs".

    As mulheres na frente são acompanhadas de uma segunda linha de pessoas que carrega uma coroa de flores em memória a operários mortos nas obras dos estádios. Atrás havia ainda membros de movimentos contrários a Copa, militantes do PSOL, alguns jovens integrantes do MPL (movimento do Passe Livre), entre outros.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024