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    Candidato gaúcho do PMDB ironiza fala de Tarso sobre dívida

    DIÓGENES CAMPANHA
    DE SÃO PAULO
    PATRÍCIA BRITTO
    DA ENVIADA A PORTO ALEGRE

    20/05/2014 12h42

    Edu Andrade/Folhapress
    José Ivo Sartori participa de sabatina promovida pela *Folha*, pelo portal UOL -ambos do Grupo Folha - e SBT
    Sartori participa de sabatina promovida pela Folha, pelo portal UOL –ambos do Grupo Folha– e SBT

    O pré-candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, afirmou nesta terça-feira (20) que o Estado precisa promover um reequilíbrio fiscal para voltar a fazer caixa. Para ele, o projeto de renegociação das dívidas dos Estados que tramita no Congresso Nacional dará apenas um alívio momentâneo para as finanças locais.

    A declaração foi dada durante sabatina promovida pela Folha, pelo portal UOL -ambos do Grupo Folha - e SBT com os principais pré-candidatos no RS. Entrevistado no dia anterior (19), o governador Tarso Genro (PT), que disputará a reeleição, havia dito que a reestruturação da dívida abrirá um crédito de R$ 4 bilhões para o Estado investir em infraestrutura.

    "Se a dívida é de R$ 47 bilhões, que alívio darão esses R$ 3 bilhões, R$ 4 bilhões?", questionou Sartori. "É um fôlego momentâneo, dá um prazo maior, mas é preciso promover um equilíbrio financeiro para que o Estado volte a fazer caixa", disse o peemedebista, ex-prefeito de Caxias do Sul.

    O Rio Grande do Sul fechou o ano de 2013 com dívida de R$ 55 bilhões, que representa 209% de sua receita, de R$ 26,4 bilhões. Ao ser informado na sabatina sobre o valor correto da dívida, Sartori respondeu que R$ 55 bilhões eram o Orçamento estadual.

    O peemedebista disse que o governo, ao controlar suas finanças, não poderá promover cortes na área social.

    Ele foi entrevistado pelos jornalistas Marcelo Coelho, apresentador do SBT Rio Grande, e Patrícia Britto, repórter da Folha. A sabatina também contou com perguntas de repórteres do SBT, telespectadores e internautas.

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    SEGURANÇA E COPA

    Pré-candidato de oposição ao governo de Tarso Genro (PT), Sartori evitou criticar diretamente a gestão do petista. Defendeu, por exemplo, a necessidade de deslocamento de policiais do interior para Porto Alegre no período da Copa do Mundo, medida anunciada pelo atual governador, mas disse ser necessário planejamento para "não desfalcar" os municípios que cederão parte de seus efetivos.

    Ele afirmou ser favorável à realização do Mundial no Brasil e que a ocorrência de manifestações durante o evento "não é bom para a imagem do nosso país". "Existem hoje alguns devaneios de setores que acham que através da violência vão mudar a sociedade", disse.

    Questionado sobre suas propostas na áreas de segurança, ele defendeu investimentos em educação para a criação de uma "cultura de paz" e a valorização da Brigada Militar.

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    APOIO A EDUARDO CAMPOS

    Sartori confirmou que, embora o PMDB nacional seja aliado do PT e da presidente Dilma Rousseff, o PMDB gaúcho irá apoiar o candidato do PSB ao Planalto, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) deverá concorrer ao Senado pela coligação.

    "Sempre deixamos claro que nosso foco é a eleição no Rio Grande do Sul. Temos o maior respeito pela presidente Dilma, mas somos uma federação e cada Estado é diferente do outro. Tenho certeza de que o PMDB nacional não vai interferir na posição que o PMDB-RS já tomou quando escolheu a minha candidatura", declarou.

    Após a sabatina, o presidente do PPS-RS, deputado estadual Paulo Odone, oficializou o apoio de seu partido à candidatura de Sartori. As siglas deverão estar juntas nas eleições proporcionais.

    Para a vaga de vice na chapa majoritária, o peemedebista afirmou que o nome ainda está em discussão. A expectativa é que seja o empresário José Paulo Cairoli (PSD).

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    BASE DE APOIO

    Sartori foi eleito prefeito de Caxias do Sul em 2004 em uma aliança com 12 partidos, e reeleito em 2008 com 14 siglas. Hoje sua candidatura tem apoio confirmado de apenas duas, PSB e PPS.

    Questionado sobre como faria, se eleito com uma coligação menor, para governar com oposição mais forte do que a que teve na administração municipal, o peemedebista defendeu o diálogo e negociação. Afirmou que a primeira medida de sua gestão, caso seja eleito, será fazer as costuras políticas necessárias.

    Segundo pesquisa Ibope realizada em março, Sartori tem 5% das intenções de voto para governador, atrás da senadora Ana Amélia (PP), com 38%, e do governador Tarso Genro, 31%.

    ATUAÇÃO PARLAMENTAR

    Deputado estadual de 1982 a 2002, Sartori teve apenas 12 projetos aprovados na Assembleia Legislativa, a maioria ligados à região de Caxias do Sul. Um deles criou o Dia da Etnia Italiana no Rio Grande do Sul, comemorado justamente nesta terça (20).

    "Talvez pudesse ter feito mais", disse o pré-candidato, que, no entanto, afirmou ter cumprido "um grande papel" na Casa.

    PEDÁGIOS

    Na sabatina, Sartori não respondeu se voltará a privatizar a cobrança de pedágios em rodovias do Rio Grande do Sul, que foi estatizada pelo governo Tarso. Segundo ele, a discussão sobre o controle dos pedágios é "uma questão menor". "Temos que olhar para os vários municípios do Estado que ainda não têm acesso rodoviário", disse.

    No Rio Grande do Sul, as próximas sabatinas da Folha, do UOL e SBT serão realizadas com o deputado federal Vieira da Cunha (PDT), na sexta (23), e com a senadora Ana Amélia, no dia 26.

    SABATINAS

    O ex-prefeito de Caxias do Sul (RS) José Ivo Sartori (PMDB) será sabatina na terça-feira (20). Também estão confirmadas as sabatinas com o deputado federal Vieira da Cunha (PDT), na sexta (23), e com a senadora Ana Amélia Lemos (PP), na próxima segunda (26) –todos deverão disputar o governo do Estado.

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