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    Rio de Janeiro

    Defensoria pedirá habeas corpus de caseiro de Malhães

    OSNI ALVES
    DO RIO

    20/05/2014 18h52

    A defensora pública Raquel Ayres, que representa o caseiro Rogério Pires, acusado de participar do roubo que culminou na morte do coronel Paulo Malhães, irá alegar a inocência de Pires, preso desde 29 de abril. Ela visitou o caseiro na tarde desta segunda-feira (19) na Divisão Anti-Sequestro, no Leblon.

    Ayres irá detalhar a estratégia de defesa à imprensa nesta quarta-feira (21), quando falará sobre o habeas corpus. Na visita, a defensora esteve acompanhada da mulher do caseiro, Marcilene Pereira dos Santos, 21, que viu o marido pela primeira vez após a detenção.

    A defensora teve acesso ao inquérito da investigação na semana passada. No dia 7 de maio, antes de ter posse dos documentos, ela disse à Folha que o depoimento do caseiro à Polícia Civil possivelmente não seguiu os procedimentos legais, devido ao fato de que Pires não sabe ler ou escrever. Ayres explicou que, em casos assim, é necessária a presença de um defensor.

    Também na primeira semana de maio, o delegado Willian Júnior informou que havia encaminhado um ofício ao magistrado requerendo que a defensoria designasse um advogado para o caseiro. Porém, o depoimento em si, segundo ele, foi acompanhado por testemunhas de leitura –quando outros policiais acompanham as declarações.

    Na conversa que Pires teve com a mulher nesta segunda-feira, ele voltou a alegar inocência no caso. "Ele me disse que não participou, que não ajudou no roubo", disse Marcilene, acrescentando que o caseiro não citou os irmãos em nenhum momento da conversa. Rodrigo Pires e Anderson Pires Teles são suspeitos de participação no crime e considerados foragidos pela polícia.

    No dia 10 de maio, sábado, a polícia encontrou em Santa Cruz (zona oeste do Rio) 7 das 10 armas do coronel e prendeu duas pessoas que, segundo a polícia, têm participação no caso. Welison Silva de Souza, 22, e um rapaz identificado como Waltinho foram encaminhados ao presídio Bangu 10.

    Antonio Scorza - 29.abr.14/Agência O Globo
    O caseiro do sítio do coronel morto, Rogério Pires, é conduzido pela polícia após ser preso
    O caseiro do sítio do coronel morto, Rogério Pires, é conduzido pela polícia após ser preso
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