Uma manifestação de sem-teto, grupos contrários à Copa, estudantes e movimentos sociais promete reunir de 10 mil a 15 mil pessoas nesta quinta-feira (22) em Pinheiros (zona oeste de SP).

A estratégia dessa vez é centralizar o protesto, diferentemente do que ocorreu nas duas manifestações anteriores deste mês, para fazer um ato maior que "chame a atenção para todos os problemas do país", segundo coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.

São ao menos 15 movimentos sociais e sindicatos ligados à central CSP-Conlutas que devem se reunir no ato "Copa sem Povo, Tô na Rua de Novo" a partir das 17h, no largo da Batata.

Sem detalhar se haverá passeatas pela cidade, lideranças do movimento dizem que, dessa vez, vão decidir somente durante o ato que vias poderão ou não ser ocupadas. "Não é uma manifestação contra a Copa, mas sim para exigir nossos direitos", diz Jussara Basso, uma das coordenadoras do MTST.

O ato faz parte de uma série de manifestações organizadas pela Frente de Resistência Urbana, cuja coordenação é a mesma do MTST. Uma das principais bandeiras é a reforma urbana, com foco em moradia, emprego, saúde e educação.

Entre os apoiadores do ato está o Comitê Popular da Copa, que reuniu 1.500 pessoas, segundo a PM, num protesto que acabou em confronto na semana passada.

No interior paulista, trabalhadores rurais ligados à Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade, coordenado pelo ex-líder dos sem-terra José Rainha, devem fazer atos em quatro regiões.