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    Itapecerica volta a ter ônibus, mas greve continua na Grande SP

    CÉSAR ROSATI
    DE SÃO PAULO

    22/05/2014 15h57

    Motoristas e cobradores da empresa Miracatiba, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo encerraram a greve de ônibus na cidade. O protesto, segundo o sindicato dos Rodoviários de São Paulo, terminou às 13h.

    Há, ainda, problemas no transporte público das cidades de Osasco, Barueri, Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar, Embú-Guaçu, Taboão da Serra, Cotia e Vargem Grande.

    De acordo com José Alves do Couto, presidente da entidade, os funcionários da Miracatiba permanecem em campanha salarial. "A garagem tinha um problema de assédio moral com um funcionário. A empresa se comprometeu em demitir-lo e por isso encerramos o protesto", disse.

    Os trabalhadores, no entanto, não fecharam um acordo com a empresa em relação aos salários. "Estamos esperando um posicionamento do sindicato de Osasco. Temos uma proposta de 8%, dependendo do que eles conseguirem podemos fazer uma contraproposta", afirmou o presidente.

    O sindicalista garantiu que a empresa não vai entrar em greve mais uma vez, pois "as negociações foram retomadas". O sindicalista não informou quantas pessoas podem ter sido afetadas pela paralisação na cidade.

    A entidade também representa os trabalhadores da Mobibrasil, que estão parados em Diadema. Por lá, motoristas dissidentes do sindicato cruzaram os braços e pedem melhores condições salariais.

    O protesto é muito parecido com o organizado na capital. Motoristas não concordam com o reajuste salarial firmado entre o sindicato e a empresa que fechou o aumento baseado na inflação.

    Os trabalhadores querem equiparação salarial com os outros motoristas da região do ABC. "Temos o menor salário da região. Recebemos R$ 1.800 e queremos ter o que os outros motoristas do ABC tem, que é R$ 2.500 de salário", disse o motorista José Emilson, 44.

    O presidente do sindicato dos Rodoviários, no entanto, acha difícil a empresa aceitar essa proposta. "A nossa ideia é equiparar os salários dentro de um período de tempo. Assim do nada, nenhuma empresa aceitaria. O reajuste é muito grande", disse.

    Ao todo 230 ônibus não deixaram a garagem na cidade. Os ônibus da Mobibrasil transportam em torno de 90 mil passageiros em dias úteis.

    Procurada, a empresa afirmou que ficou surpresa com a paralisação, pois já havia firmado um acordo com o sindicato que representa os funcionários.

    A empresa se colocou à disposição para dialogar com representantes dos profissionais, mas os motoristas dizem que só aceitam conversar se um represente da empresa receber todos os funcionários. Eles temem represálias, caso haja uma reunião fechada com um grupo pequeno de funcionários.

    OSASCO E REGIÃO

    Acontece desde às 14h30, uma reunião na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª região em São Paulo. O encontro tenta por um fim ao uma greve de motoristas e cobradores que afeta, direta e indiretamente, 12 cidade da Grande São Paulo. O resultado do encontro será discutido em assembleia na sede do sindicato às 17h.

    ara tentar por um fim a greve, uma reunião foi agendada para a tarde desta quinta na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª região, em São Paulo. Os trabalhadores pedem um reajuste salarial baseado na inflação mais um ganho real de 8%. As empresas oferecem somente o reajuste inflacionário.

    De acordo com o secretário-geral Luiz Carlos Segatelli, por determinação da Justiça 75% dos coletivos estão rodando na região. "Nossa greve é diferente da de São Paulo. Estamos em meio a uma campanha salarial e o rito de paralisação está dentro do que é previsto em lei. Houve um comunicado prévio", disse o sindicalista.

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