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    Grevistas bloqueiam garagens de ônibus no ABC e na região de Osasco

    MÁRIO BITTENCOURT
    GUILHERME MAGALHÃES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    23/05/2014 08h07

    Motoristas e cobradores de duas empresas decidiram manter a greve nesta sexta-feira (23) e afetam o transporte em cidades do ABC e Osasco, na região metropolitana de São Paulo. A paralisação atinge, direta ou indiretamente, ao menos dez cidades na região.

    Ônibus das empresas viação Osasco e Mobibrasil foram impedidos de sair às ruas por conta de bloqueios feitos por motoristas e cobradores que reivindicam reajuste salarial.

    A viação Osasco atende os municípios de Osasco, Barueri, Carapicuíba, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Itapevi, Jandira e Cotia.

    A Mobibrasil opera em Diadema e em São Bernardo do Campo, e transporta cerca de 90 mil passageiros em dias úteis.

    Trabalhadores ouvidos pela Folha relataram que enquanto em Osasco cerca de 600 veículos estão presos na garagem da viação Osasco -responsável por quase 100% do transporte coletivo na cidade-, em Diadema há 250 ônibus da MobiBrasil parados no pátio da viação Diadema, que toma conta de 60% das linhas de transporte local e da vizinha São Bernardo do Campo.

    Os motoristas querem equiparação do salário deles (R$ 1.800) com o dos trabalhadores do ABC, de R$ 2.500.

    Eles iniciaram a paralisação na quinta-feira (22), quando o transporte coletivo prejudicou usuários de ao menos 15 cidades.

    "Ficamos sabendo que só haverá reunião para discutir esse reajuste só na terça-feira [27], então vamos manter a paralisação até lá", disse nesta sexta-feira o motorista José Emilson Silva, que atua em Diadema.

    Em Osasco, o secretário executivo do sindicato dos Condutores, Luiz Carlos Segatelli, diz que não há previsão de negociação.

    Na capital paulista, após três dias de paralisação, a situação está normalizada nesta sexta-feira.

    SEGUNDO DIA

    Na quinta-feira, motoristas da empresa Mobibrasil cruzaram os braços e fecharam a garagem da companhia em Diadema, na Grande São Paulo. Por conta do protesto, os ônibus, que atendem também a cidade de São Bernardo do Campo, não estão circulando.

    O protesto é muito parecido com o que foi organizado na capital. Motoristas não concordam com o reajuste salarial firmado entre o sindicato e a empresa que fechou o aumento baseado na inflação.

    Além das questões salariais, os trabalhadores ainda pedem que os cobradores voltem a circular com os coletivos. "Atualmente o motorista dirige e cobra a tarifa. Isso é muito perigoso. O cobrador precisa voltar a andar dentro dos ônibus", afirmou Emilson.

    A Grande São Paulo enfrenta há quatro dias paralisações de motoristas e cobradores. Na capital, a Justiça do Trabalho deu prazo de 24 horas para as empresas apresentarem a sua defesa quanto aos argumentos do sindicato dos funcionários de que a greve, encerrada ontem, foi organizada por dissidentes. A legalidade do movimento que afetou milhões de passageiros em São Paulo será julgada na segunda-feira (26).

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