• Poder

    Saturday, 28-Sep-2024 19:13:04 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    Após se reunir com Campos, setor de etanol diz esperar por mudanças

    PATRÍCIA BRITTO
    DE SÃO PAULO

    27/05/2014 16h10

    Após se reunir com o pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, a presidente da Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar), Elizabeth Farina, disse ter expectativa de que o pessebista mude a estratégia de governo em relação à política de controle de preços, caso seja eleito.

    A mudança da política de controle de preços é uma das principais reivindicações do setor sucroalcooleiro, que tem criticado a estratégia do governo federal de manter o preço do etanol baixo nas refinarias para controlar a inflação.

    "Eu conheço alguns dos economistas [da equipe de Campos], foram meus colegas quando eu ainda era professora da USP, alguns colegas que estão participando da elaboração de projeto de governo, e eu acho que a estratégia pode ser diferente em relação ao controle de inflação", afirmou a representante do setor.

    Campos se reuniu na tarde desta terça-feira (27) com representantes da Unica, em São Paulo. Segundo a presidente da entidade, o grupo quer ouvir também outros pré-candidatos e apresentar as demandas do setor.

    Após o encontro, Campos disse que é preciso "resgatar" o setor do etanol, mas não afirmou se manterá a mesma estratégia de contenção de preços da gasolina. "Nós vimos esse setor ser extremamente estimulado, hoje ele está esquecido. Viemos dizer que entendemos que ele tem uma importância estratégica para que o Brasil possa ter uma matriz energética mais e mais renovável", afirmou.

    Na semana passada, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) afirmou em entrevista à Folha que o governo "administra" os preços de combustíveis e energia para evitar impactos nos índices de inflação. No dia seguinte, a declaração foi contestada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

    'IMPACTOS NEGATIVOS'

    A presidente da Unica voltou a criticar o controle de preços por parte do governo federal. "O setor de etanol tem sofrido impactos muito negativos da política macroeconômica em geral, por conta da adoção de uma estratégia de controle de preços para combate de inflação, e isso tem gerado problemas seríssimos do ponto de vista da base energética do país, e do etanol em particular", disse.

    Segundo Elizabeth Farina, o problema de interlocução com o governo não está na falta de diálogo, mas de "ação". "Tenho conversa com o governo toda semana, em todos os ministérios que se possa imaginar. Não é por falta nem de falar, nem de levar o problema, propostas de solução. O que falta não é diálogo, é ação", criticou.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024