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    No interior de SC, servidores da saúde e educação cruzam os braços

    CRISTINA CAMARGO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    27/05/2014 18h59

    Duas cidades de Santa Catarina enfrentam greve de servidores municipais, principalmente nas áreas da saúde e da educação.

    Em Blumenau (a 139 km de Florianópolis), onde a paralisação já dura uma semana, dez mil estudantes estão sem aulas e 2.700 pacientes foram afetados nas unidades de saúde, de acordo com a prefeitura.

    O número de pacientes afetados é calculado com base no número de pessoas que procuram diariamente os postos de saúde da família, os mais prejudicados pela greve. Por dia, 125 pacientes procuram os postos para consultas e atendimentos não agendados. Dos 39 postos de Blumenau, 27 não funcionaram nesta terça-feira (27).

    O sindicato informou que 3.177 servidores estão parados nesta terça.

    As principais reivindicações são reposição de 30% das perdas salariais, vale-alimentação de R$ 18 por dia e um plano de cargos e salários da saúde.

    A prefeitura oferece reposição salarial de 5,82% e vale-alimentação de R$ 14,50 (hoje é de R$ 13). Segundo a assessoria de imprensa da administração, as perdas salariais dos últimos 17 anos, agora cobradas pelo sindicato, poderão ser repostas a longo prazo, mas não imediatamente.

    A prefeitura e o sindicato integram uma mesa permanente de negociação, mas isso não evitou a greve, agora discutida na Justiça.

    Em Joinville, maior cidade do Estado, a 146 km de Florianópolis, 8% dos servidores municipais estão parados, segundo balanço feito a partir do ponto eletrônico da prefeitura.

    A greve afeta principalmente a educação, com paralisação parcial em 59 das 83 escolas, e a saúde –dois postos de saúde de um total de 170 estão fechados.

    Segundo a prefeitura, não há alunos sem aula porque são desenvolvidas atividades pedagógicas mesmo nas escolas afetadas. Não há balando de pacientes não atendidos.

    Os servidores pedem 8% de aumento real nos salários, entre outros itens. A prefeitura ofereceu a reposição das perdas inflacionárias.

    "A prefeitura não tem fôlego para dar 8% de ganho real", diz Marco Aurélio Braga, secretário de Comunicação e porta-voz da prefeitura nas negociações com o sindicato. Ele também questiona o aumento real em ano eleitoral, o que está em discussão na assessoria jurídica.

    A greve, iniciada há um semana, foi parar na Justiça e há determinação para que os servidores mantenham os serviços essenciais na saúde e na educação. O sindicato considera a medida arbitrária e tenta revertê-la por meio de recurso.

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