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    Audiência entre vigilantes e patrões termina sem acordo e greve continua

    OSNI ALVES
    DO RIO

    28/05/2014 16h12

    A audiência pública entre empregados em empresas de vigilância privada e representantes patronais realizada na manhã desta quarta-feira (28) no TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho) terminou sem acordo. Com isso, a greve da categoria, que atinge a capital e outros seis municípios, continua.

    Os vigilantes estão em greve desde 24 de abril. Com isso, o atendimento bancário ficou prejudicado, com agências fechadas ou operando sem o recebimento de dinheiro. Os aeroportos do Rio também foram afetados, com cerca de 100 profissionais de braços cruzados, e sendo substituídos por funcionários de outros setores.

    Os vigilantes pedem reajuste salarial de 10% e vale-refeição de R$ 20. O piso, de R$ 987, é considerado por eles o 13º pior do Brasil. O vale-refeição é de R$ 10. Os patrões oferecem 9% de aumento.

    Representante do Ministério Público do Trabalho, a desembargadora Débora Felix orientou os patrões a não descontar os dias parados. Isto porque somente o colegiado do Tribunal tem competência para autorizar o débito.

    Vice-presidente do sindicato dos vigilantes, Antônio Carlos de Oliveira disse que a categoria briga também por outros dois acordos que, segundo ele, não são cumpridos pelos patrões. "Por direito, a categoria deveria receber 30% [adicionais] de periculosidade e outros 30% devido ao risco adicional, mas só pagam um deles."

    Ou seja, as empresas contratantes, de acordo com Oliveira, pagam a periculosidade ou o risco adicional e querem que os empregados retirem um dos benefícios do acordo coletivo. "Não aceitamos. O risco adicional foi instituído pela lei 12.740 de 2012 e é nosso direito", disse.

    Como não houve conciliação, a desembargadora abriu prazo de 48 horas para os sindicatos réus apresentarem defesa no dissídio coletivo de greve. Em seguida, o sindicato patronal terá 24 horas para se manifestar em relação à contestação, e, após isso, o MPT (Ministério Público do Trabalho) terá outras 24 horas para emitir parecer.

    Além da capital, os demais municípios afetados são Angra dos Reis, Belford Roxo, Campos, Macaé, Nova Friburgo e Volta Redonda.

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