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    A PMDB Dilma diz ter dois candidatos para derrotar tucanos em SP; ouça

    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    28/05/2014 16h18

    Em jantar fechado com a cúpula e congressistas do PMDB, na noite desta terça-feira (27), a presidente Dilma Rousseff afirmou que conta com a candidatura de Paulo Skaf (PMDB) para levar ao segundo turno a eleição para governador de São Paulo e impedir a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB).

    A Folha obteve áudio com a íntegra do discurso de Dilma, de cerca de 25 minutos.

    "Temos duas candidaturas, uma que é a do ex-ministro [Alexandre] Padilha [PT], e o Skaf. Acredito que é essa a fórmula do segundo turno. Então quero enfatizar esse fato, a gente não pode ser ingênuo e não perceber o que significa uma derrota dos tucanos em São Paulo, sendo bem clara", discursou Dilma à plateia peemedebista.

    Ouça

    O PT e o ex-presidente Lula têm na disputa paulista sua prioridade número 1 nas eleições regionais. De acordo com pesquisa do Datafolha, do final do ano passado, o tucano tem 43% das intenções de voto contra 19% de Skaf e 4% de Padilha, candidato alçado à disputa por Lula.

    No jantar com o PMDB, Dilma não fez distinção sobre quem pretende ver em eventual segundo turno contra Alckmin, se Padilha ou Skaf.

    Segundo sua fala, além de ser a "fórmula do segundo turno", a importância da Candidatura de Skaf se dá também porque é sabida a importância de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, "para todos nós, para nós governadores, para vocês e para nós da Presidência da República".

    RIO DE JANEIRO

    Também em seu discurso, Dilma fez rasgados elogios ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e a Luiz Fernando Pezão (PMDB), seu vice, atual governador do Rio e o candidato do partido à reeleição.

    Ouça

    Isso apesar de o PT ter como candidato ao governo do Rio o senador Lindbergh Farias, que não foi citado no discurso da presidente.

    "Não poderia deixar de começar [as menções] pelo Sérgio Cabral e o Pezão. Eu fui indicada, se não me engano, na Rocinha como mãe do PAC, e o Pezão como pai do PAC, pelo presidente Lula em 2008. Mal sabia eu que aquela era uma indicação para sucedê-lo. Mal sabia o Pezão que era uma indicação para sucedê-lo [a Cabral]. Mal sabia, vírgula, Pezão sempre desconfiou. Ele fala que nunca pensou em ser governador, mas é um falso humilde", disse, se dirigindo aos dois peemedebistas, presentes no jantar.

    "Eu quero dizer que tenho extrema consciência do que conseguimos realizar no Rio. Em poucos lugares do Brasil construímos uma parceria tão fluída (...). Construímos, eu acho, um novo Rio de Janeiro."

    O encontro ocorreu no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer (PMDB).

    OPOSIÇÃO

    No jantar, Dilma centrou ataques nos dois principais adversários na corrida presidencial, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), embora não tenha citado seus nomes.

    O principal alvo foi Campos e sua provável candidata a vice, Marina Silva, antigos aliados do PT e da própria Dilma, e que agora são classificados por ela como porta-vozes do atraso.

    Logo após repetir que a aliança comandada por Aécio vê com "vergonha" subsídios como os dados ao programa Minha Casa, Minha Vida, ela aborda a chapa comandada pelo ex-governador de Pernambuco.

    "A outra [aliança Campos-Marina], que pode aparentemente se apresentar como avançada, é a aliança daqueles que são contra hidrelétricas, que acham que esse é um processo que não leva a nada", afirma Dilma, em clara referência às posições ambientalistas de Marina Silva.

    "Os que pretensamente são avançados, que nos acusam de atraso, são eles que defendem uma meta de inflação de 3% [Campos defendeu a medida], que leva a desemprego, recessão e arrocho salarial, porque não tem milagre", continua a presidente em seu discurso.

    No arremate, ela volta a mirar em Marina e na suposta saia-justa que as posições ambientais da ex-senadora causaria na campanha de Campos: "Eles dão uma no ferro e uma na ferradura, são contra o agronegócio, porque o agronegócio polui e produz veneno para as pessoas se alimentarem, e ao mesmo tempo são a favor do agronegócio. Vivemos tempos muito estranhos".

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