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    Petista nega ter se reunido com facção e diz ser alvo de discriminação

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    28/05/2014 19h11

    Em seu primeiro pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa desde que seu nome foi envolvido com membros de organização criminosa, o deputado estadual Luiz Moura (PT-SP) afirmou nesta quarta-feira que tem sido alvo de discriminação e que a imprensa tem noticiado "inverdades" e "injustiças" a seu respeito.

    De acordo com investigação da Polícia Civil, o petista participou em março de reunião, na sede de uma cooperativa de transporte, em que estiveram presentes ao menos 13 membros da facção criminosa PCC.

    "Eu não tenho ligação nenhuma com o crime organizado. Eu sou ficha limpa e não tenho processo na Justiça", disse. "Eu sou inocente e o que estão fazendo comigo e com a minha família é imoral. Eles estão intitulando a mim coisas que não fiz", acrescentou.

    O petista afirmou que participou da reunião, em março, por sua militância na área de transportes e que tentava evitar que houvesse uma greve no setor dos transportes na zona leste. Em sua defesa, reproduziu, em telão, entrevista dada pelo secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, segundo o qual o petista não é investigado.

    "O que me estranha é que as pessoas que participaram da reunião e foram levadas à delegacia entraram e saíram pela porta da frente", afirmou. "Houve prevaricação da polícia? Ou é uma notícia que não é verdadeira?", questionou.

    Em pronunciamento de mais de 20 minutos, o petista lembrou de seu passado, quando foi condenado a 12 anos de prisão por assalto a mão armada. Ele ressaltou que foi reabilitado criminalmente e que não tem vergonha de seu passado.

    "Não tenho vergonha do meu passado, porque ajudei muitas famílias que sofreram como a minha", disse.

    O deputado estadual recebeu o apoio do presidente do PTB em São Paulo, Campos Machado, e de correligionários do PT depois de seu discurso. Um deles foi o primeiro- secretário da Assembleia Legislativa, Ênio Tatto, irmão do secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

    "Não tem um dado concreto contra ele além dessa reunião", disse Ênio Tatto.

    Antes do discurso, o deputado estadual reuniu-se com o presidente estadual do PT em São Paulo, Emídio de Souza, e com o líder do PT na Assembleia Legislativa, João Paulo Rillo. Para o pronunciamento, Luiz Moura levou apoiadores que o aplaudiram da galeria.

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