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    EUA desaconselham preservativos brasileiros e primeiro andar em hotel

    ISABEL FLECK
    DE NOVA YORK

    30/05/2014 03h22

    Recepcionistas de hotéis nas cidades-sede podem se preparar para ouvir dos hóspedes americanos um pedido pouco comum: evitar colocá-los em quartos do primeiro andar, por razões de segurança.

    O conselho foi dado pelo governo dos EUA, que lançou um guia on-line com orientações a seus cidadãos que irão ao Brasil durante a Copa.

    "Um quarto no primeiro andar pode oferecer acesso mais fácil a criminosos", diz o texto, preparado pelo CDC (Centro para Prevenção e Controle de Doenças), do Departamento de Saúde. "Mantenha sempre as portas do hotel trancadas e guarde pertences de valor em áreas seguras."

    Outras dicas são só usar preservativos comprados nos EUA –mesmo que, "em meio à comemoração, pessoas incentivem o viajante a fazer sexo sem segurança"– e não nadar em rios e lagos, para evitar esquistossomose.

    Os EUA foram os responsáveis pelo maior número de ingressos comprados fora do Brasil: mais de 190 mil. Não é possível saber, contudo, quantos foram adquiridos por americanos. Segundo o Itamaraty, 19.620 vistos específicos para a Copa –de graça, mais rápido e válido por 90 dias– foram emitidos nos EUA entre julho de 2013 e 22 deste mês.

    Editoria de Arte/Editoria de Arte

    O guia também lembra o cidadão americano de orientações emitidas pelo Departamento de Estado por ocasião das manifestações. "Se souber de protestos nas proximidades, permaneça dentro de um local com portas e janelas fechadas", diz o texto.

    Em questões de segurança, o departamento orienta a ter cuidado com sequestro-relâmpago, crimes de rua e furtos em lugares públicos como aeroportos, recepção de hotéis e estações de ônibus.

    O governo diz que a polícia "pode usar gás lacrimogêneo e unidades montadas para dispersar os manifestantes". "A taxa de homicídios é quatro vezes maior que a dos EUA, e a de outros crimes é tão alta quanto", diz o governo.

    Para o Ministério do Turismo brasileiro, as recomendações a turistas "fazem parte do procedimento rotineiro de consulados e embaixadas". "O Ministério do Turismo e a Embratur entendem que não há singularização em relação ao Brasil", responderam os dois órgãos, em nota.

    As orientações do CDC para a Copa na África do Sul, no entanto, foram mais amenas. Apesar da alta incidência de HIV no país, o governo dos EUA só recomendou "evitar comportamentos arriscados" em relação a sexo. Procurados, CDC e Departamento de Estado não se pronunciaram.

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