Integrantes do MPL (Movimento Passe Livre São Paulo), que se acorrentaram em frente à Secretaria de Segurança Pública, na região central de São Paulo, deixaram o local no começo da tarde desta sexta-feira. Eles ficaram presos a uma das portas do edifício por cerca de três horas.
Os ativistas alegam que os seus familiares estão sofrendo constrangimentos por parte da Polícia Civil, que deu um 'ultimato' para que eles prestem depoimento sobre os atos de vandalismo em protestos pela cidade. No total, quatro pessoas se acorrentaram ao prédio.
De acordo com Nina Cappello, do MPL, o protesto desta sexta-feira foi um ato simbólico. "Todos estavam sendo intimados a comparecer no Deic (Departamento de Investigações Criminais) nesta manhã. Como vamos nos manter calados, resolvemos fazer essa manifestação", afirmou a ativista.
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Segundo o MPL, desde o ano passado os ativistas têm sido convocados para prestar depoimento. "Nós temos nos recusado a comparecer, sempre justificando a nossa posição constitucional de nos mantermos em silêncio", disse Cappello à Folha.
A principal reivindicação do grupo é o arquivamento do inquérito policial que apura atos de vandalismo que aconteceram nas manifestações. De acordo com manifesto publicado pelo MPL, a investigação conduzida pelo Deic é "absolutamente ilegal".
Os membros do MPL tentaram solicitar uma reunião com o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, porém, o encontro não aconteceu por indisponibilidade de agenda. Procurada pela reportagem, a pasta ainda não se pronunciou a respeito da manifestação desta sexta-feira.
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