Com as obras do terminal de passageiros não concluídas em tempo hábil, o aeroporto de Salvador receberá os turistas com pelo menos 200 metros de tapumes na área externa do desembarque.

A dez dias da Copa, na segunda-feira (2), a reportagem visitou o aeroporto e viu estruturas cercando pilastras do terminal cujas obras de recuperação foram paralisadas.

Além dos tapumes, foi possível identificar restos de material de construção, como vigas de aço, dividindo espaço com passageiros na saída do aeroporto.

A parte interna do terminal também segue em obras, sobretudo no terceiro piso. O vaivém de operários é intenso, assim como o barulho característico de furadeiras.

Na praça de alimentação, placas anunciam acesso livre à internet por meio de redes Wi-Fi, mas quem tenta acessar a rede descobre que não há internet gratuita. Fiscais informam que a gratuidade é restrita às áreas de embarque.

No terminal de desembarque, a reportagem viu motoristas clandestinos atuando livremente a cinco metros de distância de carros da Polícia Militar e do órgão municipal de trânsito.

O repórter foi abordado por dois motoristas com promessas de transporte "mais barato do que qualquer táxi do aeroporto".

Sob anonimato, taxistas afirmaram que ação ilegal dos clandestinos é pratica comum. "Há uma leniência total das autoridades. E nós que pagamos impostos e somos legalizados somos prejudicados", afirmou um deles.

Em nota, a Polícia Militar da Bahia informou que a fiscalização deve ser feita pela prefeitura e que a PM só atua quando é acionada.

O secretário municipal de Urbanismo e Transporte de Salvador, Fábio Mota, admitiu que a margem de atuação da prefeitura é limitada e depende de parceria com a polícia. Mas afirmou que há operações de combate aos motoristas clandestinos no aeroporto pelo menos uma vez por semana.